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– Apesar de 60 anos terem se passado, a morte de Kennedy ainda é alvo de especulações.
O atentado que resultou na morte do presidente dos Estados Unidos foi realmente obra de um atirador solitário? Há décadas, pesquisadores e cineastas têm se dedicado a desvendar o que aconteceu em Dallas, no dia 22 de novembro de 1963.
Apesar de terem se passado 60 anos desde o assassinato do presidente na limusine aberta, é provável que a discussão sobre as motivações por trás desse atentado continue a existir por muitos anos. Oliver Stone, diretor de cinema, comentou sobre a teoria do lobo solitário, afirmando que a opinião pública americana nunca aceitou completamente essa explicação e possui o discernimento para perceber quando algo está errado.
Quando tinha apenas 3 anos de idade, Kennedy Jr. enfrentou uma situação difícil ao sepultar seu falecido pai. Durante a emocionante cerimônia, o jovem deixou uma marcante e inocente homenagem ao cumprimentar o caixão de seu pai, uma cena que ficaria eternizada como um símbolo de força e poder.
Ao longo de sua vida, o legado de Kennedy Jr. foi marcado por notáveis realizações e polêmicas. Desde seus corajosos atos na Segunda Guerra Mundial até seus controversos relacionamentos com figuras como Marilyn Monroe, ele sempre despertou fascinação nas pessoas, mesmo após sua trágica morte. Além disso, sua dedicação incansável em prol dos direitos civis e suas visões visionárias sobre viagens espaciais o tornaram ainda mais admirável e inspirador.
A história.continua
O Arquivo Nacional dos Estados Unidos tornou público em dezembro de 2022 um total de 13.173 documentos relacionados ao assassinato de JFK. Essa divulgação ocorreu após uma iniciativa semelhante do governo Trump em 2017, que também tinha como objetivo disponibilizar informações sobre o atentado. Assim, atualmente, 97% dos documentos relacionados ao evento trágico estão acessíveis ao público.
Parece que a tragédia sempre acompanha a família Kennedy. Além do assassinato de JFK, outro irmão, Bobby, foi morto em 1968 durante uma campanha para a Presidência. Edward, outro irmão de JFK, viu suas aspirações políticas serem destruídas após um acidente de carro que resultou na morte de uma auxiliar. E, infelizmente, John F. Kennedy Jr., filho de JFK, também perdeu a vida em um acidente de avião privado em 16 de julho de 1999, próximo à costa de Massachusetts.
No livro intitulado “Case Closed” (Caso Encerrado), escrito por Gerald Posner em 1993, chega-se a uma conclusão oposta, afirmando que Oswald agiu sozinho. Apenas dois dias após o atentado contra Kennedy, o atirador foi assassinado por Jack Ruby, proprietário de uma boate, no porão da sede da políCIA de Dallas. A Comissão Warren não encontrou evidências que comprovassem o envolvimento de Ruby na morte de JFK, nem que o assassinato de Oswald tenha sido uma tentativa de encobrir o crime.
É surpreendente que Jerry Landis, que tinha uma relação próxima com o evento, nunca tenha sido convocado a depor perante a Comissão Warren. O homem de 88 anos optou por permanecer em silêncio durante 60 anos.
Em seu recém-lançado livro de memórias intitulado “The Final Witness” (A Última Testemunha), Landis afirma que não tem intenção de disseminar teorias da conspiração em relação à morte de Kennedy. No entanto, o ex-agente contradiz a afirmação de que um único tiro poderia ter causado danos tão significativos, sugerindo que Oswald não agiu sozinho como atirador.
Testemunha chave finalmente quebra o silêncio sobre o assassinato de Kennedy
No mês de setembro deste ano, o conceituado jornal norte-americano The New York Times decidiu investigar mais a fundo o depoimento de Pauls Landis, um ex-agente do serviço secreto que se encontrava a poucos metros de distância do presidente Kennedy no momento em que este foi baleado. A revelação de Landis traz à tona questionamentos sobre a teoria da “bala única” defendida pela Comissão Warren, a qual sugere que um dos três tiros disparados durante o atentado atravessou o pescoço de Kennedy e, em seguida, atingiu o governador do Texas, John B. Connally, localizado no banco da frente, atingindo suas costas, peito, pulso e coxa.
Lee Harvey Oswald despertou suspeitas devido à sua estadia na antiga União Soviética, o que levantou especulações sobre uma possível influência de Moscou em seus atos. Além disso, há teorias que apontam para uma interferência cubana, uma vez que o presidente Kennedy tinha interesse em derrubar o líder comunista Fidel Castro.
Além dessas hipóteses, diversas teorias da conspiração incluem o serviço secreto FBI e o sucessor de Kennedy na Presidência, Lyndon Baines Johnson (LBJ). O estrategista político Roger Stone, que foi assessor do ex-presidente Donald Trump, alega em sua obra “O homem que matou Kennedy: O caso contra LBJ”, lançada em 2013, que Johnson agiu em conluio com gangsters e serviços secretos americanos para concretizar o atentado.
O assassinato de JFK completou 50 anos em 2013, ano de lançamento do livro de Roger Stone. Não apenas seu livro, mas também outros filmes e livros especulando sobre o caso foram lançados em datas próximas aos aniversários do atentado, alimentando ainda mais teorias e debates acerca do mistério que envolve o enigma do assassinato de Lee Harvey Oswald.
Uma das mais famosas representações dos acontecimentos por trás do assassinato de JFK é o filme JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar (1991) dirigido por Oliver Stone. Nessa obra, o ator Kevin Costner interpreta o promotor de Justiça Jim Garrison de Nova Orleans, que, insatisfeito com as conclusões da Comissão Warren, decide investigar mais a fundo. Através de sua investigação, Garrison e sua equipe levantam a possibilidade de que Oswald, longe de ser um simples assassino solitário, na verdade era um agente da CIA usado como bode expiatório. O filme levanta questões intrigantes e oferece uma visão mais detalhada sobre os bastidores desse crime histórico.
É inegável que antes de se tornar presidente, Kennedy tinha uma relação estreita com a máfia. No entanto, ao assumir a Casa Branca, ele acabou entrando em confronto com o crime organizado, representando uma ameaça ao seu poder e aos lucros obtidos através de atividades ilegais. Foi nesse contexto que começaram a surgir investigações e processos federais.
Apesar disso, existem diversas teorias que tentam explicar o assassinato de Kennedy, cada uma com suas próprias perspectivas. Essas teorias variam em suas interpretações dos fatos e apontam diferentes causas e conspirações para o atentado.
A teoria sobre a conspiração por trás do assassinato de John F. Kennedy
Passados 60 anos do acontecimento que chocou o mundo e alterou o curso da história, muitos ainda questionam a origem dos disparos que ceifaram a vida do presidente. Recentemente, uma produção cinematográfica intitulada “Assassination” trouxe à tona uma teoria intrigante sobre o ocorrido. Sob a direção de David Mamet e com a atuação de renomados artistas como Al Pacino, John Travolta, Courtney Love, Viggo Mortensen e Shia LaBeouf, o filme sugere que o atentado tenha sido encomendado pela máfia de Chicago em resposta às ações do presidente contra o crime organizado.
Após o lançamento do filme de Zapruder, surgiram dúvidas sobre a possibilidade de Lee Harvey Oswald, um ex-marinho de 24 anos na época, ter agido sozinho no assassinato de Kennedy. A Comissão Warren, responsável pela investigação, concluiu que Oswald agiu isoladamente, disparando dois tiros contra o presidente a partir de um depósito próximo, um local que armazenava materiais escolares pertencente à Texas School Book Depository.
No dia 22 de novembro de 1963, durante uma carreata, a vida do presidente americano John F. Kennedy foi tragicamente interrompida. Após o primeiro tiro atingir o veículo, Kennedy instintivamente levou a mão ao pescoço. Poucos segundos depois, sua cabeça se inclinou para trás, devido ao impacto do segundo disparo fatal.
Esse evento chocante, que ocorreu em plena via pública em Dallas, foi registrado pelo cinegrafista amador Abraham Zapruder, que capturou tudo em um filme colorido de 8 milímetros. Essas imagens explícitas, obtidas de uma perspectiva quase perfeita da rota do desfile, continuam a ser amplamente usadas em livros, documentários e filmes que abordam o trágico acontecimento.
Fonte: G1 – Mundo