Meio Ambiente
O futuro da energia limpa: Será possível viver sem combustíveis fósseis?
Quase 200 países pactuaram histórico compromisso para novo modelo de energia limpa. Desafio mundial de transição econômica é uma montanha difícil de escalar.
Energie é uma das questões mais urgentes que o mundo enfrenta atualmente. É fundamental encontrarmos novas maneiras de produzir e utilizar energia de forma sustentável para garantir um futuro seguro para as gerações futuras.
É imprescindível reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e investir em fontes de energia renovável, como a solar e eólica, para mitigar os impactos das mudanças climáticas. As ações tomadas hoje terão um grande impacto no futuro do planeta e de suas habitantes.
Uma montanha difícil de escalar – Pacto histórico
Entretanto, a concretização do acordo parece ser uma montanha difícil de escalar devido a fatores como a falta de compromissos explícitos sobre a eliminação ou redução da utilização de combustíveis fósseis, demandada por muitos países, grupos da sociedade civil e cientistas.
O artigo a seguir, Justin Rowlatt, editor de clima da BBC, explica a viabilidade da humanidade para mudar as fontes que obtém a energia com que ilumina, aquece, movimenta e impulsiona a economia.
Meteorologistas e especialistas em clima dizem que estamos prestes a atingir um marco importante, próximo do ‘pico’ de consumo de combustíveis fósseis. Passado este ponto, a demanda começará a diminuir, o que levanta questões sobre a rapidez da transição para um novo modelo de energia limpa.
A Agência Internacional de Energia prevê que a utilização global de combustíveis fósseis atingirá o pico em 2025, um ponto de viragem histórico, de acordo com o Diretor Executivo da IEA, Fatih Birol.
Vale ressaltar que a energia é central em absolutamente tudo o que fazemos, como explicou o especialista Vaclav Smil, cético sobre a facilidade com que deixaremos de usar os combustíveis que estão aquecendo o planeta.
Um longo caminho até o cume
Atualmente, 80% da energia que utilizamos provém de combustíveis fósseis. Reduzir estes números é o desafio da próxima revolução energética que deveria ter nascido na COP28. As energias eólica e solar, esperanças para um futuro energético limpo, têm crescido rapidamente, embora a maior parte da eletricidade ainda seja gerada a partir do carvão, do petróleo e do gás.
De acordo com Chris Stark, chefe do Comitê das Alterações Climáticas do Reino Unido, o que foi decidido na COP28 vai passar pela eletrificação de praticamente tudo, com aparelhos elétricos que tendem a ser mais eficientes do que os que funcionam com combustíveis fósseis.
Riscos e oportunidades
A eletricidade renovável ficou mais barata do que a proveniente de combustíveis fósseis, fazendo com que a transição poupe dinheiro, acrescentou Stark. Porém, os custos iniciais são um problema para os países mais pobres.
Mia Mottley, primeira-ministra de Barbados, afirma ter formas de reduzir as taxas de juros e agora conta com o apoio do novo presidente do Banco Mundial. Absorver parte do risco de investir em energias renováveis nos países em desenvolvimento poderia libertar centenas de bilhões de dólares em empréstimos de bancos e outras organizações comerciais, explicou Mottley.
Vemos, portanto, que a transição para a energia limpa está acontecendo em todo o mundo e é imparável, como afirmou Fatih Birol, diretor executivo da IEA.
Entretanto, precisamos lembrar do desafio que temos pela frente, de eletrificar tudo de maneira praticamente simultânea, uma vez que nos restam apenas algumas décadas, alertam os cientistas.
Fonte: G1 – Meio Ambiente