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Refúgio do Ministério da Justiça: Lavajatistas em Cargos Estratégicos
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Apesar de arquivos revelarem métodos pouco ortodoxos do Departamento de Repressão, carga de estratégicas providências revela cooperação Jurídica International e Perícias Informática.
Embora os documentos que resultaram na ‘vaza jato’ evidenciem as táticas pouco convencionais — para dizer o mínimo — dos agentes da já extinta ‘lavajato’, alguns membros do grupo de Curitiba continuam em destaque no Ministério da Justiça.
Em meio às controvérsias e questionamentos sobre o processo da ‘vaza jato’, a presença desses indivíduos no Ministério da Justiça levanta debates sobre a relação entre a operação e a luta contra a corrupção no país.
Ministério da Justiça: Lavajatistas em posições estratégicas
No Ministério da Justiça de Lula, os lavajatistas continuam prestigiados, ocupando cargos estratégicos como no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional. Uma figura proeminente nesse cenário é Carolina Yumi de Souza, que já teve passagens como diretora-adjunta do órgão em diferentes períodos. Sua atuação foi fundamental para viabilizar acordos de cooperação com os Estados Unidos e a Suíça, porém, essas provas foram anuladas pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, devido a irregularidades.
Outro nome em destaque é o delegado Felipe Leal, atual chefe da Divisão de Repressão à Lavagem de Dinheiro. Em meio a controvérsias, Leal tentou questionar a validade das provas coletadas no caso spoofing. Apesar de seus esforços, o Serviço de Perícias em Informática do Instituto Nacional de Criminalística confirmou a veracidade e integridade do material, revelando conexões entre procuradores e o ex-juiz Sergio Moro.
Além disso, Leal enfrentou um afastamento temporário das investigações sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Em parceria com o subprocurador-geral da República José Adonis Callou, o delegado Ricardo Saadi também se destaca no governo Lula, ocupando o cargo de diretor da PF de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção.
Saadi ganhou notoriedade nacional ao ser o centro da disputa entre Sergio Moro e Bolsonaro durante sua atuação como superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Alegações de baixa produtividade levaram a um conflito público entre o ex-juiz e o então presidente, culminando na saída de Moro do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. A ambição de Saadi é assumir a Superintendência da PF em São Paulo ou, no mínimo, indicar um sucessor para o cargo.
Fonte: © Conjur