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Água-superficial no Brasil: Desafios do passado e oportunidades de adaptação em 2023

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© REUTERS/Bruno Kelly - Todos os direitos: @ Agencia Brasil

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Levantamento do MapBiomas Água constata água armazenada em hidrelétricas monitorados pela ANA, mostrando impactos significativos na criação de estratégias de adaptação.

A água-superficial em todo o Brasil apresentou uma diminuição em relação à média histórica em 2023, de acordo com o levantamento do MapBiomas Água divulgado hoje. A água-superficial cobriu 18,3 milhões de hectares, o que equivale a 2% do território nacional no ano passado. Esses números indicam uma redução de 1,5% em comparação com a média histórica, que teve início em 1985.

A análise da água-superficial revelou que a situação atual está abaixo da média histórica estabelecida há décadas. Essa tendência preocupante destaca a importância de medidas para preservar e proteger nossos recursos hídricos. É fundamental agir de forma consciente para garantir a sustentabilidade da água-superficial no Brasil e no mundo.

Impactos da Perda de Água Superficial em 2023

Em relação a 2022, todos os meses de 2023 testemunharam uma diminuição na quantidade de água superficial, incluindo os meses da estação chuvosa. No ano anterior, a extensão da água superficial era de 18,8 milhões de hectares. Essas informações fazem parte da nova coleção de dados do MapBiomas, abrangendo o período de 1985 a 2023. De acordo com a entidade, os biomas têm enfrentado a perda de água superficial desde o ano 2000, com a década de 2010 sendo a mais crítica.

Em 2023, os corpos hídricos naturais representavam 77% da água superficial no país, dos quais houve uma redução de 30,8% ou 6,3 milhões de hectares em comparação a 1985. Os restantes 23% consistem em corpos antrópicos, ou seja, água armazenada em reservatórios, hidrelétricas, aquicultura e mineração, totalizando 4,1 milhões de hectares. Dentro desse total, os grandes reservatórios, que são monitorados pela Agência Nacional de Águas (ANA), abrangem 3,3 milhões de hectares, registrando um aumento de 26% em 2023 em relação a 1985.

Enquanto o Cerrado e a Caatinga observam um aumento na superfície da água devido à criação de hidrelétricas e reservatórios, a Amazônia e o Pantanal enfrentam uma séria redução hídrica, resultando em impactos ecológicos, sociais e econômicos significativos. Essas tendências, agravadas pelas mudanças climáticas, destacam a urgência de estratégias de adaptação na gestão hídrica, como ressaltado por Juliano Schirmbeck, coordenador técnico do MapBiomas Água.

Desafios na Gestão da Água Superficial

Mais de metade da superfície de água do país está localizada na Amazônia, representando 62% do total nacional. Em 2023, a Amazônia apresentou uma superfície de água de quase 12 milhões de hectares, equivalente a 2,8% da área total do bioma. Esse valor indica uma redução de 3,3 milhões de hectares em comparação a 2022.

No mesmo ano, a Amazônia enfrentou uma seca severa, com os meses de julho a dezembro registrando níveis abaixo da média histórica do MapBiomas Água. O período de outubro a dezembro foi especialmente crítico, com as menores superfícies de água da série. Essa situação resultou no isolamento de comunidades e na morte de peixes, botos e tucuxis, conforme apontado pelo MapBiomas.

Desafios na Gestão da Água Superficial

A superfície de água no Pantanal em 2023 atingiu 382 mil hectares, representando uma queda de 61% em relação à média histórica. Houve uma redução na área alagada e no tempo de permanência da água. No ano passado, apenas 2,6% do bioma estavam cobertos por água, contribuindo com 2% da superfície de água do país.

O ano de 2023 foi 50% mais seco do que 2018, quando ocorreu a última grande cheia no Pantanal. Em 2018, a água no Pantanal já estava abaixo da média histórica, que remonta aos dados desde 1985. Em 2024, não houve o esperado pico de cheia, com o ano registrando um pico de seca que deve persistir até setembro.

Desafios na Gestão da Água Superficial

Em 2023, o Cerrado apresentou a maior extensão de água desde 1985, totalizando 1,6 milhão de hectares, ou 9% do total nacional. Esse valor é 11% superior à média histórica do bioma. O aumento na superfície de água ocorreu em áreas antrópicas, com um acréscimo de 363 mil hectares, refletindo uma variação positiva nas condições de água superficial.

Fonte: @ Agencia Brasil

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