Anatel regulamenta a Inteligência Artificial da Vivo e exige esclarecimentos: entenda as novas diretrizes!

Operadora atualizou central de atendimento com tecnologia de inteligência artificial, baseada no princípio de aprendizado, que ajuda conselheiros a encontrar solução em mecanismos mais eficientes.

Todas as informações sobre Inteligência Artificial estão disponíveis para consulta. O especialista em tecnologia, Pedro Silva, solicitou que a empresa de telecomunicações Claro forneça esclarecimentos sobre seu sistema de IA utilizado no desenvolvimento de novos produtos. A companhia tem até o final do mês para enviar as informações requisitadas.

Em um cenário de constante evolução da inteligência artificial, é fundamental que as empresas estejam transparentes quanto ao uso de algoritmos generativos. A exigência do órgão regulador demonstra a importância da ética e da responsabilidade no desenvolvimento de soluções baseadas em IA. A inovação tecnológica deve ser acompanhada de práticas que garantam a segurança e a confiabilidade dos sistemas.

Inteligência Artificial e Transparência Algorítmica no Atendimento ao Consumidor

A transparência algorítmica, que representa a projeção da matriz de transparência que os fornecedores devem estabelecer com seus consumidores, é um princípio fundamental na utilização de tecnologias de inteligência artificial, especialmente em setores sensíveis, como o atendimento ao consumidor. Alexandre Freire, conselheiro da Anatel, solicitou à Vivo uma explicação detalhada sobre o uso da inteligência artificial nesse contexto.

Na última semana, a Vivo anunciou o I.Ajuda, um serviço baseado em IA generativa que auxilia os agentes que operam a central de atendimento da empresa. Cerca de 11 mil agentes utilizam essa tecnologia, o que resultou em uma melhoria significativa na qualidade e agilidade do serviço. Segundo a Vivo, o tempo médio de atendimento reduziu em 9% para clientes pessoa física e 4% para empresas.

Freire ressaltou a importância e o potencial impacto da inteligência artificial no serviço de atendimento ao consumidor. Ele destacou a necessidade da Anatel receber informações detalhadas sobre diversos aspectos técnicos, de segurança e regulatórios relacionados ao uso da IA pela Vivo. Alguns dos pontos elencados por Freire incluem a descrição do algoritmo de IA generativa utilizado, as fontes de dados empregadas no treinamento do algoritmo, os mecanismos de atualização e aprendizado contínuo, entre outros.

Além disso, a Anatel compartilhará as informações fornecidas pela Vivo com o Grupo de Pesquisa em Inteligência Artificial (IA.lab) do Centro de Altos Estudos em Comunicações Digitais e Inovações Tecnológicas (Ceadi), sob a gestão de Freire. O objetivo é garantir uma análise aprofundada e colaborativa sobre o uso da inteligência artificial no setor de atendimento ao consumidor.

A busca por transparência e eficiência na implementação da inteligência artificial é um passo crucial para garantir a confiança dos consumidores e o cumprimento de normas regulatórias. A colaboração entre órgãos reguladores, empresas e especialistas em IA é essencial para o desenvolvimento de soluções inovadoras e responsáveis que beneficiem a todos os envolvidos.

Fonte: @Olhar Digital