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Cientistas descobrem molécula revolucionária no combate ao câncer; entendendo a origem da doença.
Pesquisa sugere inibir proteína VRK1, que protege DNA e regula proliferação celular, como terapia contra diversos tipos de tumores e células saudáveis, além de glaucoma. Proteína quinase molécula DNA celulas
Uma pesquisa divulgada hoje no Journal of Medicinal Chemistry revela a descoberta de uma substância inovadora que tem a capacidade de bloquear a proteína VRK1, fundamental para a estabilidade do DNA e o crescimento de determinados cânceres, como os de mama, próstata, ovário, intestinos e gliomas (no cérebro). Esse composto inédito representa um avanço significativo no combate aos cânceres mencionados, abrindo portas para novas abordagens terapêuticas.
Além disso, a molécula recém-desenvolvida também se mostra promissora para estudos mais aprofundados sobre os efeitos da inibição da VRK1 em células saudáveis e tumorais, contribuindo para uma melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na formação e progressão de neoplasias. A pesquisa ressalta a importância de investigar novas estratégias terapêuticas visando o tratamento eficaz do câncer e o desenvolvimento de terapias mais direcionadas e menos invasivas.
Estudo revela potencial terapêutico da VRK1 em diversos tipos de câncer
Além disso, a pesquisa reforça a importância da molécula VRK1 como um possível alvo para tratamentos de câncer, abrindo caminho para novas abordagens terapêuticas. Enxágue bucal com matcha pode ser uma alternativa eficaz contra bactérias associadas à periodontite, enquanto a inteligência artificial demonstra uma precisão de 95% na classificação de tumores cerebrais, conforme indicado por um estudo recente.
Proteínas presentes no sangue podem fornecer sinais precoces de câncer, até sete anos antes do diagnóstico. O estudo foi liderado por especialistas do Centro de Química Medicinal (CQMED) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em colaboração com o Aché Laboratórios Farmacêuticos e pesquisadores de diversas partes do mundo, como Brasil, Reino Unido, Suécia, Alemanha e Estados Unidos.
Durante cinco anos de pesquisa intensiva, os cientistas se concentraram em investigar a VRK1, uma proteína fundamental na progressão de certos tipos de câncer. As células cancerosas frequentemente apresentam mutações que aceleram sua divisão e resultam em danos genéticos. A VRK1, uma quinase que desempenha um papel crucial na detecção e reparo desses danos ao DNA, é essencial para a sobrevivência das células mutadas.
A ausência da VRK1 leva à acumulação de erros genéticos, resultando na morte celular. A inibição da VRK1 em células saudáveis interrompe o processo de reparo de danos, levando à morte celular devido à grande quantidade de erros acumulados. A molécula inibidora, derivada de diidropteridinona, foi identificada e desenvolvida pela equipe do CQMED em colaboração com o Aché Laboratórios Farmacêuticos.
Os pesquisadores realizaram testes específicos para demonstrar a eficácia da molécula na inibição da VRK1 dentro do ambiente celular. Este avanço representa a primeira vez que uma molécula capaz de inibir a VRK1 de forma potente, seletiva e bem caracterizada foi descrita em um contexto celular.
Ao longo do projeto, os princípios da ciência aberta, promovidos pelo Structural Genomics Consortium (SGC), foram seguidos. O financiamento foi obtido por meio de programas de apoio à inovação tecnológica, como o Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Centro de Química Medicinal de Acesso Aberto.
O trabalho colaborativo envolveu parcerias internacionais, universidades e a indústria farmacêutica brasileira, destacando a importância da pesquisa básica para futuras aplicações práticas. Os resultados obtidos têm o potencial de impactar significativamente o campo da oncologia, oferecendo novas perspectivas no tratamento do câncer.
Fonte: © CNN Brasil