Copom Decisivo: Ibovespa Alcança 120 mil Pontos com Novas Perspectivas.

Saldo do Dia: Índice salta 45 pontos em alta, mas investidores operam freio de mão puxado, preocupados com votação do Copom e agenda política.

A expectativa em relação à resolução do Copom que será divulgada em breve – e deve encerrar os cortes na Selic – turvou as previsões para o mercado financeiro brasileiro. Com a incerteza sobre o futuro, os investidores atuaram com cautela nesta quarta-feira (19).

Diante da importância da política monetária na economia, a manutenção da taxa de juros pelo Copom pode ter impactos significativos nos próximos meses. É essencial acompanhar de perto as decisões do comitê para entender as possíveis repercussões no mercado financeiro.

Copom: Decisão de Manutenção da Taxa de Juros

Agentes do mercado estão confiantes na resolução do Copom em manter a taxa básica de juros em 10,5% ao ano. A expectativa era de que o comitê de política monetária do Banco Central optasse por essa medida, e de acordo com o Termômetro do Copom do Valor Investe, a maioria, 93%, concordava com essa perspectiva.

O foco agora se volta para o futuro da autarquia, em particular, a capacidade do BC de manter uma gestão técnica e alheia à agenda política, especialmente a partir de 2025, quando um indicado pelo governo assumirá o cargo. Essas questões começam a ser respondidas hoje, gerando expectativas e incertezas no mercado.

Enquanto isso, a bolsa brasileira fica em segundo plano, aguardando por respostas. O Ibovespa, conhecido como o ‘reizinho da Coitadolândia’ dos mercados de ações, conseguiu recuperar os 120 mil pontos, encerrando o dia com um ganho de 0,53%. No entanto, no acumulado do mês, ainda apresenta perdas de 1,5%, e no ano, uma queda de 10,38%.

O volume financeiro movimentado na carteira do Ibovespa foi de R$ 9,4 bilhões, o menor nível desde maio. Enquanto isso, o mercado enfrenta desafios externos, com a ausência de referências dos Estados Unidos devido ao feriado, impactando a performance do Ibovespa.

As taxas de juros futuros seguem em alta, refletindo a expectativa em torno da decisão do Copom. Os contratos de curto prazo estão mais sensíveis às projeções para a Selic, com a DI para janeiro de 2025 subindo para 10,71% e para janeiro de 2032, para 12,18%.

O dólar também acompanha a tendência de alta, influenciado pelas preocupações com as políticas fiscal e monetária no Brasil. Mesmo sem a referência da curva de juros dos EUA, a moeda americana avançou e atingiu R$ 5,44 durante a sessão, chegando a tocar os R$ 5,48, o maior patamar desde julho de 2022.

Fonte: @ Valor Invest Globo