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Descoberta de biomarcadores revela a possibilidade de detectar a doença de Parkinson antes dos sintomas surgirem.
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Pesquisadores criaram método para detectar doença de Parkinson com exame de sangue, identificando marcadores sanguíneos e estimando estágio pré-motor.
Uma pesquisa recente pode trazer avanços significativos no tratamento da doença de Parkinson. Cientistas descobriram um conjunto de indicadores no sangue que indicam a existência da doença de Parkinson até sete anos antes da manifestação da maioria dos sintomas.
A doença neurológica conhecida como doença de Parkinson é objeto de estudo constante por parte da comunidade científica. A identificação precoce de marcadores sanguíneos relacionados à doença de Parkinson pode revolucionar as estratégias de diagnóstico e intervenção médica.
Estudo revela novos marcadores sanguíneos na doença de Parkinson
A pesquisa recente, publicada na Nature Communications, trouxe à tona descobertas promissoras no campo da doença de Parkinson. Com cerca de dez milhões de pessoas afetadas pelo mal de Parkinson em todo o mundo, a necessidade de desenvolver tratamentos eficazes e estratégias preventivas é urgente.
Jenny Hällqvist, bioquímica da Universidade de Londres, juntamente com sua equipe, utilizou modelos de aprendizado de máquina para identificar oito proteínas no sangue que sofrem alterações à medida que a doença de Parkinson progride. Essas proteínas, incluindo HSPA5 e HSPA1L, estão ligadas a vias bioquímicas do desenvolvimento celular e ao estresse no retículo endoplasmático.
A identificação desses biomarcadores sanguíneos é um passo significativo no diagnóstico precoce da doença de Parkinson. Estágios pré-motores, como o transtorno comportamental do sono REM, podem ser detectados com a ajuda desses marcadores, permitindo prever com quase 80% de precisão quais pacientes desenvolverão a doença antes mesmo do surgimento de sintomas físicos visíveis.
Os biomarcadores selecionados pelos pesquisadores estão envolvidos em processos como inflamação, coagulação do sangue e desempenho cognitivo. Eles oferecem insights valiosos sobre a progressão da doença e podem abrir caminho para tratamentos mais personalizados e eficazes no futuro.
Essa abordagem inovadora, que combina a análise de marcadores sanguíneos com a bioinformática de aprendizado de máquina, representa um avanço significativo no campo da neurologia. A capacidade de identificar precocemente os indivíduos em risco de desenvolver a doença de Parkinson pode revolucionar a forma como a condição é tratada e gerenciada.
À medida que mais pesquisas são realizadas nessa área, a esperança é que novas terapias e intervenções preventivas sejam desenvolvidas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias. A doença de Parkinson, com seus desafios únicos e impacto significativo, está gradualmente revelando seus segredos, graças ao trabalho dedicado e inovador dos cientistas e pesquisadores em todo o mundo.
Fonte: @Olhar Digital