Descubra as Fraudes: R$ 400 bilhões em danos causados por criptomoedas desde 2022, revela estudo.

Movimento alerta para uso crescente de deepfake no setor e perdas de R$ 34 bilhões no 1º trimestre. Técnicas de IA são usadas para criar aplicativos criados para bypassar capacidade de discernir, pois o quadro jurídico é insuficiente para conter abuso.

As fraudes no mercado de criptomoedas têm causado prejuízos significativos, totalizando US$ 79,1 bilhões (cerca de R$ 429,4 bilhões) desde o início deste ano. A corretora de criptomoedas Bitget divulgou essas informações recentemente, alertando para a importância de se manter vigilante contra fraudes nesse setor em constante evolução.

Além das fraudes, é crucial estar atento a possíveis truques e falsificações que podem ser utilizados para enganar investidores desavisados. A utilização de técnicas como esteganografia e simulação pode tornar ainda mais difícil identificar práticas enganosas. Portanto, é essencial buscar conhecimento e se proteger contra possíveis enganos no mercado de criptomoedas.

Fraudes: Um Crescimento Alarmante

Segundo os dados revelados, o aumento de 245% nas ocorrências de fraudes relacionadas a ‘deepfake’ no início deste ano em comparação com o mesmo período de 2023 é um sinal preocupante. A ‘deepfake’ é uma técnica que possibilita a modificação de vídeos ou fotos por meio de inteligência artificial (IA). Com essa técnica, é viável trocar o rosto de uma pessoa em uma cena ou até mesmo alterar o que ela diz. Tudo isso é viabilizado por meio de aplicativos desenvolvidos com esse propósito em mente.

Para Gracy Chen, presidente da Bitget, a presença crescente de deepfakes no mercado de criptomoedas é uma realidade inquietante, e a falta de educação e conscientização adequadas torna difícil para o setor combater esse tipo de crime. A vigilância dos usuários e sua capacidade de discernir entre fraudes e ofertas legítimas continuam sendo a linha de defesa mais eficaz contra esses ataques, até que um quadro jurídico e de segurança cibernética abrangente seja estabelecido em escala global.

No primeiro trimestre deste ano, as perdas relacionadas a fraudes com uso de deepfake atingiram cerca de US$ 6,3 bilhões (R$ 34,2 bilhões), quase metade do total registrado em todo o ano de 2022, que foi de US$ 13,8 bilhões (R$ 74,9 bilhões). A empresa prevê que, se a tendência de aumento nas fraudes relacionadas a deepfake persistir, as perdas anuais podem chegar a US$ 25,1 bilhões (cerca de R$ 136,3 bilhões) em 2024, estabelecendo um novo recorde e superando as perdas dos anos anteriores combinadas.

O relatório destaca a necessidade de intervenção regulatória para conter o crescimento desenfreado dessas fraudes, que não afetam apenas o mercado de criptomoedas, mas toda a indústria financeira. Sem medidas eficazes, estima-se que esse tipo de crime represente 70% das perdas no mercado de criptomoedas até 2026.

Diversos crimes, como roubo de identidade, golpes, manipulação de mercado, fraudes em investimentos, resgate e extorsão, entre outros, têm sido identificados no mercado de criptomoedas com o uso de deepfake. Os fraudadores exploram a volatilidade do mercado cripto, aproveitando-se de fatores como declarações de influenciadores, notícias ou atualizações sobre projetos financeiros para agir.

Apesar do surgimento de novas medidas de proteção, os invasores continuam a inovar em esquemas de fraude. É crucial que a indústria se mantenha vigilante e esteja preparada para enfrentar os desafios impostos pelas fraudes, truques, falsificações, esteganografia, simulação e engano presentes no cenário atual. A capacidade de discernir e a implementação de uma linha de defesa robusta são essenciais para combater essas ameaças e proteger os investidores e usuários do mercado financeiro.

Fonte: © G1 – Tecnologia