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Enchentes no Rio Grande do Sul devastam 230 patrimônios históricos: um triste cenário de perdas e resiliência.
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Danos nas enchentes no RS devastaram cidades e retiraram 600 mil pessoas de casa, expostos patrimônio histórico e arquitetônico gaúcho à vulnerabilidade diante eventos climáticos extremos, arruinando prédios e Centro Histórico, incluindo o Patrimônio Cultural dos Correios.
Os estragos provocados pelas inundações que afetaram o Rio Grande do Sul, destruíram municípios e deslocaram mais de 600 mil pessoas de suas residências também ressaltam a fragilidade do patrimônio histórico e arquitetônico gaúcho diante de fenômenos climáticos extremos. De acordo com um levantamento da Folha de S.Paulo, aproximadamente 230 imóveis protegidos nas esferas municipal, estadual ou federal estão situados em regiões alagadas e foram possivelmente prejudicados, em maior ou menor medida.
A preservação do patrimônio cultural e arquitetônico é essencial para manter viva a história e a identidade de uma região. Nesse sentido, é fundamental adotar medidas de proteção e recuperação para salvaguardar nossa herança e herdade para as futuras gerações.
Impacto das Inundações no Patrimônio Histórico
A estimativa do dano ao patrimônio é baseada em um minucioso mapeamento das inundações realizado por pesquisadores da renomada UFRGS, em colaboração com dados do Iphan e do Iphae-RS, além das prefeituras locais. O levantamento abrangeu áreas afetadas em Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo, cidades que compõem a região metropolitana.
Esforços de Preservação do Patrimônio Cultural
Os órgãos públicos estão empenhados em quantificar os danos causados às preciosidades do patrimônio histórico e cultural do estado. Tanto voluntários quanto servidores dedicam-se à árdua tarefa de limpeza, buscando preservar a herança deixada por gerações passadas.
Prédios Históricos e Tombados
O antigo prédio dos Correios, que data de 1914 em Porto Alegre, juntamente com o encantador Centro Histórico da cidade e a pitoresca Santa Tereza, com suas casas de imigrantes italianos, são exemplos emblemáticos de bens tombados a nível federal. O estado também abriga cerca de 20 bens estaduais e 37 municipais somente em Porto Alegre.
Reconstrução do Patrimônio Afetado
Após mais de um mês desde o ápice da tragédia, os estragos causados pela elevação recorde do nível do lago Guaíba continuam visíveis no Centro Histórico. O percurso de prédios tombados, que vai do Mercado Público à Usina do Gasômetro, foi severamente impactado pela enchente.
Restauração do Mercado Público
O Mercado Público, frequentado por 300 mil pessoas diariamente, reabriu parcialmente para acesso ao segundo andar e às lojas com entrada direta para a rua. A reconstrução do prédio está estimada em R$ 5 milhões, enquanto os comerciantes calculam prejuízos entre R$ 15 milhões e R$ 27 milhões.
Preservação do Acervo do Margs
O Margs, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, localizado na praça da Alfândega, foi afetado pela enchente. Graças a uma árdua tarefa de realocação, mais de cem quadros foram salvos, incluindo obras de renomados artistas como Iberê Camargo, Candido Portinari e Alfredo Volpi. O diretor do museu destaca a necessidade de repensar a disposição das obras devido aos desafios climáticos atuais.
Fonte: © TNH1