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Ex-treinador revela uso de cetamina sem consentimento em seita liderada pela família Djidja
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o profissional afirmou que a família não tem condições de fazer exercícios de condicionamento também em terça-feira por efeitos do entorpecente.
O antigo instrutor pessoal da família de Djidja Cardoso, Hatus Silveira, contou que a ex-moça do Boi Garantido utilizou cetamina nele sem autorização, enquanto estava na residência dela. Neste dia, o instrutor deu seu testemunho às autoridades sobre o vínculo que mantinha com a família Cardoso.
Em seu relato, Hatus Silveira mencionou que ficou chocado com a atitude de Djidja ao lhe administrar cetamina sem consentimento, considerando o perigo que essa droga representa. Ele ressaltou a importância de conscientizar sobre os riscos do uso indevido de entorpecentes.
Cetamina: Uma História de Ofertas e Recusas
De acordo com informações recentes, Hatus compartilhou que em uma terça-feira de janeiro, foi convidado pela família para comparecer à residência deles com o intuito de retomar o condicionamento físico por meio de treinamentos. Ao chegar lá, o personal trainer relatou que a mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso, fez uma oferta de cetamina a ele, a qual foi prontamente recusada.
Durante a visita, Hatus descreveu a cena na sala, onde sete pessoas estavam reunidas em torno de uma televisão exibindo ‘Cartas de Cristo’. Enquanto interagia com os presentes, Cleusimar insistia para que ele experimentasse a substância, alegando que era necessário para escapar da ‘Matrix’. No entanto, ele recusou, mencionando sua familiaridade com esse tipo de droga e sua decisão de não utilizá-la.
Após o episódio na sala, Hatus se dirigiu à cozinha, onde encontrou Ademar Cardoso, irmão de Djidja, e sua parceira, que aparentava estar em estado debilitado. Enquanto conversava com Ademar, Djidja se aproximou por trás e aplicou cetamina em seu braço sem consentimento. Ele recorda ter ficado atordoado por cerca de 15 minutos após a aplicação não autorizada.
Posteriormente, a família insistiu para que Hatus continuasse com o treinamento, porém, devido aos efeitos do entorpecente, ele constatou que não seria viável prosseguir. Diante da situação, ele optou por se distanciar do grupo, percebendo que não estavam em condições de realizar as atividades físicas propostas.
A investigação policial, denominada Operação Mandrágora, foi iniciada após o falecimento da ex-sinhazinha, desvendando práticas da seita ‘Pai, Mãe, Vida’, supostamente liderada pela família de Djidja. Segundo os registros, os participantes eram coagidos a consumir cetamina em rituais, obtendo a substância de forma ilegal em uma clínica veterinária e distribuindo-a entre os colaboradores de salões de beleza.
A defesa da família Cardoso negou as acusações de envolvimento em práticas religiosas coletivas, alegando que eram apenas conversas realizadas sob os efeitos da droga. Contudo, as investigações continuam a esclarecer os eventos que culminaram nessa trágica sequência de acontecimentos.
Fonte: @ Hugo Gloss