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Tecnologia

Fantasmas brasileiros: Treinando Inteligências Artificiais por R$ 500 por mês.

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Gustavo Luiz, 19 anos, divide-se entre o curso de inteligência artificial e o emprego como operário de dados — Foto: Arquivo pessoal via BBC Muitas vezes, os operários de dados acumulam trabalhos para conseguirem pagar as contas — Foto: GETTY IMAGES Guilherme Graper, 24 anos, conta que seus ganhos no setor variam muito — Foto: Arquivo pessoal via BBC Os brasileiros que ganham R$ 500 por mês para treinar inteligências artificiais — Foto: Getty Images via BBC Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes - Todos os direitos: © G1 - Tecnologia

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Profissionais que se destacam como “operários de dados” trabalham manualsamente em sistemas de IA, executando microtarefas para aperfeiçoá-los. Embora tenham diploma, são mal remunerados e precisam acumular empregos.

O setor bilionário da inteligência artificial (IA) tem despertado o interesse de profissionais brasileiros com remunerações significativamente superiores à média para engenheiros, matemáticos e outros especialistas que se destacam nessa área. No entanto, não são todos os indivíduos ligados a essa tecnologia que desfrutam de uma posição privilegiada.

Enquanto alguns profissionais encontram oportunidades lucrativas na área de inteligência artificial, outros podem se sentir deslocados (n/d) em meio a um mercado altamente competitivo e em constante evolução.

Inteligência Artificial e os Profissionais que se Destacam

Há todo um contingente de trabalhadores terceirizados que desempenham um trabalho manual laborioso, ganhando menos da metade de um salário mínimo, em média, e, por conseguinte, precisam ter mais de um emprego para conseguir pagar as contas — mas são fundamentais para que os sistemas de IA sejam capazes de operar. Os chamados ‘operários de dados’ são considerados ‘trabalhadores fantasmas’ porque realizam nos bastidores uma série interminável de microtarefas para aprimorar as inteligências artificiais.

Os sistemas de IA requerem muito trabalho humano manual e discreto para funcionarem, o que claramente vai contra a narrativa predominante da progressiva e inexorável automação. Segundo a socióloga Paola Tubaro, especialista em ciência da computação e professora e pesquisadora do Centro de Pesquisa em Economia e Estatística, na França, ‘Por isso, empresas de tecnologia e desenvolvedores de IA não se dispõem a divulgar esse tipo de trabalho, que assim permanece escondido, ou seja, ‘fantasma’.’

Foi uma tortura o trabalho nos bastidores para remover conteúdo tóxico do robô ChatGPT. Mas o que exatamente faz um operário dos dados? ‘Eles inserem dados para treinar e moderar sistemas e atividades de IA’, explica Rafael Grohmann, professor da Universidade de Toronto que pesquisa o trabalho no mundo contemporâneo. Esse tipo de atividade ficou conhecida como microtrabalho, devido à natureza fragmentada das tarefas envolvidas. O fenômeno é novo, assim como os termos usados para descrevê-lo, diz Grohmann.

‘Temos usado muito o termo data workers [operários de dados, em tradução livre do inglês], o que os diferencia dos tech workers [profissionais de tecnologia], que são os responsáveis por produzir, projetar e analisar os dados da IA.’ Na prática, esses trabalhadores (de dados) também podem ser chamados de ‘treinadores de IA’. Pegue um sistema como o ChatGPT, por exemplo. Os ‘treinadores’ são responsáveis por alimentar o robô com as informações e dados que ele precisa para responder perguntas de usuários, auxiliar em traduções, fazer pesquisas, dentre outras tarefas. Praticamente todos os sistemas de IA dependem desses operários de dados.

Redes sociais, por exemplo, os contratam para monitorar as postagens e interações e detectar ações que ferem suas regras ou a lei. Na comparação com uma fábrica tradicional, esses profissionais seriam o chão de fábrica. ‘A lógica do que é a classe operária vai mudando com o tempo. Esta é uma nova apresentação do que são os blue-collars [termo em inglês para a classe operária] e os white-collars [os executivos, que estão longe das tarefas manuais]’, diz Grohmann.

Trabalho Manual Laborioso e os Sistemas de IA

O Brasil será o primeiro país do mundo a ter ‘modo ladrão’ em celulares Android; veja como vai funcionar. Quanto ganha um operário de dados? Os operários de dados ganham, em média, R$ 583,71 por mês em um emprego, segundo a pesquisa Microtrabalho no Brasil: Quem são os trabalhadores por trás da inteligência artificial. Esses trabalhadores ganham por cada tarefa concluída e não por hora trabalhada. Segundo o estudo, esse valor médio.

Fonte: © G1 – Tecnologia

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