Fundos de infraestrutura: conquistam rentabilidade superior mesmo com maior risco de crédito.

FI-Infra, conhecidos por isenção de imposto de renda e sem pagamento mensal de dividendos, ultrapassam fundos imobiliários, FIAGROS, CDI e IMA-B. Retorno anual: taxa de juros, referente a devedores de debêntures de projetos de infraestrutura incentivados, sem impostos de renda a pagar, dividendos anuais.

Após quatro anos desde a sua introdução, os fundos de infraestrutura têm se destacado no mercado financeiro brasileiro, atraindo cada vez mais atenção de investidores em busca de oportunidades sólidas e rentáveis.

Esses fundos de infraestrutura têm se mostrado como uma alternativa interessante para diversificação de carteiras de investimento, oferecendo uma forma de acesso a projetos de grande porte e longo prazo, proporcionando retornos atrativos aos investidores que buscam exposição ao setor de infraestrutura. Além disso, a presença dos fundos de dívida nesse cenário tem contribuído para impulsionar o desenvolvimento de projetos estratégicos para o país, fortalecendo a economia e gerando impactos positivos a longo prazo.

Fundos de Infraestrutura: uma opção de investimento com retorno atrativo

No contexto atual, os fundos de infraestrutura têm se destacado no mercado financeiro. Em comparação com outras classes de ativos, como os fundos imobiliários e os fiagros, os FI-Infra têm apresentado um retorno significativo.

Em maio, por exemplo, os FI-Infra registraram um retorno de 0,5%, superando os fundos imobiliários e fiagros. No entanto, ficaram abaixo do CDI e do IMA-B, índices de referência em aplicações de renda fixa atreladas à taxa de juros e à inflação. Esses dados foram levantados por Fernando Siqueira, chefe de pesquisa da Guide Investimentos.

A taxa média das carteiras dos fundos de infraestrutura mais negociados em bolsa varia entre IPCA + 6,7% e IPCA + 9,4%. Em média, a rentabilidade oferecida por esses fundos é de IPCA + 7,8%, o que representa um retorno atraente em comparação com outros investimentos, como o papel do Tesouro Direto chamado de Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035.

O destaque desses fundos se deve, em parte, ao maior risco de crédito associado a eles. Apesar disso, os fundos de infraestrutura continuam sendo uma opção interessante de investimento, com um risco-retorno favorável, conforme ressalta Siqueira. O retorno em dividendos (conhecido como ‘dividend yield’) dos FI-Infra chega a 13% ao ano, o que atrai investidores em busca de ganhos consistentes.

Lançados em 2020 com o objetivo de financiar o desenvolvimento do país, os fundos de infraestrutura investem principalmente em debêntures incentivadas, títulos de dívida isentos de imposto de renda. Essas debêntures são emitidas por empresas para viabilizar projetos de infraestrutura, contribuindo para o crescimento econômico.

Embora não seja obrigatório, os fundos de infraestrutura costumam pagar dividendos mensalmente, o que os torna uma opção interessante para investidores em busca de renda recorrente. Além disso, a classe de ativos oferece isenção de imposto de renda não apenas nos dividendos, mas também no ganho de capital, proporcionando vantagens fiscais aos investidores.

Assim como os fundos imobiliários, os fundos de infraestrutura têm suas cotas negociadas em bolsa, permitindo que os investidores apliquem nessas carteiras comprando cotas na B3. Essa característica proporciona liquidez e possibilita que os investidores acompanhem o desempenho desses fundos de maneira semelhante ao mercado de ações.

Fonte: @ Valor Invest Globo