Tecnologia
Instagram e Facebook são criticados por usar a privacidade dos usuários para aprimorar inteligência artificial: entenda a polêmica.
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Idec notifica autoridades por cinco supostas violações da Meta, risco de multa de R$ 50 milhões por infringir LGPD, que estabelece proteção de dados com inteligência artificial e coleta de dados, garantindo privacidade.
A maneira como a Meta está manipulando informações dos usuários do Instagram e do Facebook levanta preocupações sobre a privacidade dos dados pessoais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
A privacidade dos usuários é um tema crucial no ambiente digital, e a garantia da proteção dos dados pessoais deve ser uma prioridade para as empresas que lidam com informações sensíveis, como as redes sociais. A transparência e a segurança das informações são fundamentais para manter a confiança dos usuários no uso dessas plataformas.
Privacidade e Segurança de Dados na Era da Inteligência Artificial
A importância da privacidade e segurança de dados nunca foi tão evidente quanto agora, com empresas como a Meta utilizando informações públicas das redes sociais para treinar seus modelos de IA. Embora mensagens privadas não sejam incluídas nesse processo, a coleta de dados levanta questões sobre a proteção e uso adequado das informações dos usuários.
A Meta anunciou recentemente a coleta de dados para treinar sua inteligência artificial, ativada por padrão e sem oferecer detalhes claros sobre seu uso futuro. Para aqueles preocupados com sua privacidade, a empresa sugere seguir um procedimento nas configurações das plataformas para proteger fotos e vídeos.
Entidades como o Idec manifestaram preocupação com a falta de transparência da Meta, alegando que a empresa não informou adequadamente os usuários sobre a coleta de dados. Essa falta de clareza levou o Idec a alertar autoridades como a Senacon, ANPD e Cade sobre possíveis violações das regulações de proteção de dados.
Caso a Meta seja considerada em infração, a empresa pode enfrentar multas significativas, conforme previsto na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A empresa defende o uso dessas informações como legítimo interesse, mas a controvérsia persiste sobre a maneira como os dados dos usuários estão sendo utilizados.
Em resposta às preocupações levantadas, a Meta reiterou seu compromisso em desenvolver sua inteligência artificial de forma segura e responsável, em conformidade com as regulações de privacidade no Brasil. A empresa enfatiza a importância de garantir que a coleta e uso de dados sejam feitos de maneira ética e legal.
O caso, que teve início em junho, destacou a necessidade de uma abordagem mais transparente por parte das empresas que utilizam dados dos usuários para treinar seus modelos de IA. A repercussão negativa levou a Meta a rever sua política de privacidade na Europa, seguindo as orientações dos reguladores locais.
Embora a empresa tenha adiado as mudanças na Europa, a possibilidade de utilizar dados dos usuários para treinar inteligência artificial ainda está prevista no Brasil. A Meta afirma que utiliza informações disponíveis online e compartilhadas nos produtos e serviços da empresa para aprimorar seus modelos de IA.
Diante desse cenário, a discussão sobre a privacidade e proteção de dados se torna cada vez mais relevante, exigindo um equilíbrio entre a inovação impulsionada pela inteligência artificial e a segurança das informações dos usuários. É fundamental que as empresas ajam de forma transparente e ética ao lidar com os dados pessoais, respeitando as regulações vigentes e garantindo a privacidade de seus usuários.
Fonte: © G1 – Tecnologia