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Lula critica dirigente sindical por iniciar greve, mas não terminar; coragem seletiva na paralisação da educação.
Pelos recursos públicos fechados, presidente afirma que não há razão para greve, embora anuncie R$ 5,5 milhões para obras em universidades, enquanto medidas estruturantes e desbloqueio de negociações ocorrem.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) comentou hoje a persistência da greve nas escolas e centros de ensino federais em todo o Brasil, afirmando que ‘é preciso buscar soluções para encerrar essa greve o mais rápido possível’. O pronunciamento ocorreu durante reunião com representantes da educação, no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (10).
Em meio à mobilização dos servidores, o sindicato dos professores reforçou a importância do protesto pacífico como forma legítima de reivindicação por melhores condições de trabalho. ‘A mobilização é essencial para garantir nossos direitos’, destacou o representante do sindicato em entrevista coletiva. A greve continua como principal pauta de discussão entre governo e servidores.
Protesto persistente: greve na educação completa 68 dias
Em meio a mobilizações e manifestações, o presidente, ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana, revelou um aporte de R$ 5,5 bilhões para as universidades no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Nesse cenário de recursos públicos fechados, Lula se reuniu com reitores para anunciar obras estruturantes do PAC, buscando solucionar a crise que se estende com a paralisação.
A destinação de R$ 1,75 bilhão para os hospitais universitários é uma das medidas estruturantes desse investimento, visando a retomada de obras e a expansão dos campi. A expectativa do governo é que esses recursos possam contribuir para o desbloqueio de negociações e o fim da greve que já perdura por mais de dois meses.
Em um apelo aos dirigentes sindicais, Lula enfatizou a importância de encerrar o protesto, destacando a necessidade de coragem para negociar e tomar decisões que beneficiem não apenas as partes envolvidas, mas também a educação e os estudantes do país. O presidente ressaltou que prolongar a greve pode trazer prejuízos para a sociedade como um todo.
Camilo Santana, ministro da Educação, reforçou a posição de Lula, defendendo o diálogo como forma de resolver impasses e evitar paralisações prolongadas. Santana argumentou que o governo tem buscado negociar e reabrir mesas de diálogo, mas reconheceu as dificuldades em recompor perdas salariais históricas em um curto período.
Com a greve completando 68 dias, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação destaca a persistência do movimento e a necessidade de encontrar soluções que atendam às demandas dos trabalhadores sem prejudicar o ensino e a sociedade como um todo. A busca por um desfecho que contemple ambas as partes continua, enquanto a pressão por uma resolução se intensifica.
Fonte: © CNN Brasil