Lula reafirma compromisso com controle da inflação e gasto público responsável, mantendo o amor pela estabilidade econômica | Agência Brasil

Presidente afirma que os setores privados devem dar continuação à desoneração e taxa para baixa da folha de pagamento e não abandonar metas de um sistema que continua a funcionar bem.

Depois de ajustar o sistema de metas de inflação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (26) que a redução da inflação significa mais dinheiro disponível para os brasileiros. Ele relembrou o período em que a inflação no Brasil atingia 80%, forçando as pessoas a estocarem produtos. ‘Ninguém entende a inflação como eu neste país, pois vivi em um ambiente com inflação de 80% ao mês’, destacou o presidente.

Em meio aos esforços para atingir a meta de inflação estabelecida, o presidente Lula ressaltou a importância de manter a estabilidade econômica. Ele destacou que a baixa da inflação traz benefícios diretos para a população, permitindo um maior poder de compra. ‘A redução da inflação é fundamental para o bem-estar da sociedade’, enfatizou o presidente, reiterando seu compromisso com a estabilidade econômica do país.

Desafios da Inflação e Metas de Inflação

Recebendo meu pagamento no dia 10, eu costumava correr à noite para um atacadista em busca de papel higiênico, óleo de soja e outros itens não perecíveis, pois a inflação ameaçava consumir meu salário. A inflação baixa era meu desejo, assim como o desejo de todo o povo brasileiro, pois isso significava mais dinheiro no bolso’, afirmou Lula, em Brasília, após um evento de apresentação de novos ônibus escolares.

O governo anunciou hoje uma mudança no sistema de metas de inflação, estabelecendo a meta contínua a partir de 2025, desvinculando-a do ano-calendário. Lula enfatizou que a meta de inflação é um objetivo a ser alcançado. ‘Não é a primeira vez que discutimos as metas de inflação. Elas são números a serem perseguidos, e vamos trabalhar para manter a inflação dentro da meta, com uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Em meu mandato anterior, tínhamos uma meta de 4,5 com uma banda de 2 para cima e 2 para baixo. Vamos manter essa diretriz’, afirmou o ex-presidente.

Sobre a desoneração da folha de pagamento, Lula destacou que não é contra, mas ressaltou a importância de contrapartidas do setor privado. ‘Os empresários que buscam desoneração devem garantir a estabilidade no emprego, não podem usar isso apenas para aumentar seus lucros’, pontuou. Ele lembrou que, em 2008, foram aprovados US$ 47 bilhões em desonerações, porém com a exigência de contrapartidas.

Quanto às sugestões negociadas entre a área econômica do governo e o Congresso Nacional para compensar a perda de receitas com a desoneração da folha de pagamento em 17 setores da economia e em pequenos municípios, Lula afirmou que ainda não as avaliou. ‘Estamos abertos a tomar medidas para evitar tensões no país, mas o governo não pode abrir mão de receitas sem contrapartidas’, ressaltou. Ele destacou que o Brasil vive um momento positivo na economia, com controle da inflação e crescimento nos investimentos e empregos. ‘Não se deve avaliar a economia brasileira apenas pela macroeconomia, mas também pela microeconomia, que se reflete nos créditos concedidos aos pequenos empreendedores. Esse crédito é transformador’, concluiu Lula.

Fonte: @ Agencia Brasil