Militares tentam golpe de Estado na Bolívia e assumem controle da Praça da Presidência – TNH1

Militares bolivianos tentam dar golpe de Estado nacional. Num movimento irregular, tomaram a praça em La Paz, onde está o prédio presidencial, com soldados liderados por um general destituído.

Militares das Forças Armadas da Bolívia tentam executar um golpe de Estado no país nesta quarta-feira (26) e tomaram a praça em La Paz onde fica o palácio presidencial, com soldados liderados por um general destituído do cargo na terça (25) adentrando o prédio. Receba as notícias do TNH1 em seu WhatsApp O presidente boliviano, Luis Arce, denunciou por meio das redes sociais o que chamou de ‘mobilização irregular‘ de unidades do Exército, enquanto o ex-presidente Evo Morales convocou uma ‘mobilização nacional pela democracia’.

A situação política na Bolívia tornou-se tensa com a tentativa de golpe militar em curso, lembrando os tempos turbulentos de putsch e coup que marcaram a história do país. A comunidade internacional está atenta aos desdobramentos e expressa preocupação com a instabilidade política na região, pedindo respeito à ordem democrática e aos direitos do povo boliviano. É fundamental que a situação seja resolvida de forma pacífica e dentro dos princípios democráticos, garantindo a segurança e a soberania do país.

Desdobramentos do Golpe Militar no Palácio Presidencial

Em vídeos amplamente compartilhados nas redes, é possível testemunhar a ação contundente de um veículo blindado do Exército colidindo de forma abrupta contra a entrada principal do palácio presidencial, em meio a soldados adentrando o edifício. Antes desse episódio, o cenário já se mostrava tenso, com tropas marchando pelas vias da capital em uma clara demonstração de força.

Segundo informações da agência de notícias Reuters, o presidente Arce fez questão de exigir a desmobilização imediata das tropas envolvidas nesse golpe. O general Juan José Zúñiga, figura central nessa tentativa de putsch, recentemente destituído do comando do Exército, declarou que, por ora, reconhece Arce como líder das Forças Armadas, mas sinalizou mudanças ministeriais eminente.

Em declarações à imprensa local, Zúñiga expressou veementemente sua discordância com a situação atual do país, afirmando que mudanças significativas estão por vir. O general adentrou o palácio presidencial, dialogou com Arce e posteriormente deixou o local, conforme relatos do jornal boliviano El Deber. O Clarín, veículo argentino, reportou que Arce ordenou a retirada de Zúñiga do recinto.

Durante os acontecimentos, houve confrontos, com tropas lançando bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes que tentavam acessar a praça adjacente ao palácio. O ministro de Obras Públicas da Bolívia, Edgar Montaño, manifestou desconhecimento sobre o paradeiro de Arce em entrevista ao Clarín. O secretário-geral da OEA, Luís Almagro, condenou veementemente a ação militar, enfatizando a importância do controle civil sobre as Forças Armadas.

Zúñiga foi destituído de seu posto após uma série de ameaças direcionadas a Evo Morales, ex-aliado de Arce. O general vinha alertando sobre a suposta interferência de Evo no governo, afirmando que o ex-presidente não poderia mais liderar o país. Em contrapartida, Evo reagiu, destacando a gravidade das ameaças e pressionando o governo Arce a desautorizá-las, sob risco de ser conivente com um autogolpe.

Diante desse cenário de instabilidade, Evo convocou seus seguidores a uma mobilização nacional em defesa da democracia, repudiando veementemente o golpe liderado pelo general Zúñiga. Além disso, ele convocou uma greve geral com bloqueios de estradas, reiterando a determinação em não permitir que as Forças Armadas atentem contra a ordem democrática e a vontade popular.

Fonte: © TNH1