Moraes solicita detalhes sobre a proteção de Ronnie Lessa para garantir sua segurança.

O Sifuspesp pediu ao relator do caso Marielle avaliação para transferir Lessa para evitar risco a ele e a servidores na Penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, criticada pela Procuradoria-Geral e Secretaria de Administração, com apoio do Comando da Capital.

ANA POMPEU BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), solicitou dados à Polícia Federal, à PGR (Procuradoria-Geral da República) e ao governo de São Paulo sobre os relatos de que o ex-policial militar Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco (PSOL), estaria em segurança na penitenciária de Tremembé (SP).

Em meio às preocupações com a segurança de Ronnie Lessa, é essencial garantir que medidas adequadas sejam tomadas para proteger sua integridade física. A vigilância constante e a avaliação contínua do risco envolvido são fundamentais para assegurar que ele esteja devidamente resguardado durante sua permanência na penitenciária.

Segurança em Foco: Pedido de Transferência de Lessa e Riscos na Penitenciária

O Sifuspesp, representante dos funcionários do sistema prisional de São Paulo, solicitou ao relator do caso Marielle no STF uma análise sobre a segurança na transferência de Lessa. A entidade expressou preocupação com a segurança tanto do ex-policial militar quanto dos servidores na penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, conhecida como P1.

Lessa foi transferido da penitenciária federal de Campo Grande para Tremembé, conforme autorização concedida por Moraes em 7 de junho. Essa decisão vai de encontro ao posicionamento anterior da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, conforme comunicado pelo secretário Marcello Streifinger em 12 de abril. Streifinger afirmou que a unidade não estava preparada para receber Lessa, devido ao seu perfil, antecedentes e ligações, além da falta de estrutura para monitorá-lo adequadamente.

Apesar da indicação da unidade prisional em Presidente Venceslau como alternativa, o acordo entre Lessa e a PF, homologado por Moraes, determinou sua transferência para Tremembé. Fábio Jabá, presidente do Sifuspesp, alertou para os riscos que Lessa enfrentaria na P1, dominada pela facção criminosa PCC. Mesmo em uma área considerada ‘segura’, como a ala destinada a presos ameaçados de morte e membros de facções rivais, Lessa continuaria exposto a perigos.

A associação de Lessa com milícias do Rio de Janeiro e a repercussão do crime no qual está envolvido aumentam sua vulnerabilidade, podendo gerar instabilidade na segurança da prisão. A preocupação com a segurança, o risco, a proteção e a vigilância de todos os envolvidos nesse caso complexo é evidente, exigindo uma avaliação criteriosa das medidas a serem tomadas para garantir a integridade de Lessa e dos funcionários da penitenciária.

Fonte: © Notícias ao Minuto