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O Legado Financeiro de Michael Jackson: Dívidas de R$ 2,7 bilhões e Lucros em Destaque.
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Cantor tinha complexo de dívidas de US$ 500 milhões em 2009, com redecoradores e direitos de participação negociados, e mais da metade era soma de dívidas.
Foto: Divulgação/Epic Records / Pipoca Moderna Um relatório recente do inventário de Michael Jackson, divulgado nos últimos dias, trouxe à tona que o artista estava lidando com desafios financeiros consideráveis antes de seu falecimento em 2009. As dívidas contraídas pelo Rei do Pop ultrapassavam a marca de US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 2,7 bilhões), de acordo com o documento revelado.
Além disso, o levantamento mencionou que as obrigações financeiras de Michael Jackson eram uma questão complexa, envolvendo diversos empréstimos e acordos financeiros. As dívidas do cantor eram uma preocupação constante em sua vida, impactando significativamente sua carreira e legado artístico.
Michael Jackson e suas Dívidas
Quando Michael Jackson faleceu aos 50 anos, pouco antes da turnê ‘This is It’, sua vida financeira revelou um complexo emaranhado de ativos e passivos. Conhecido por seu extravagante estilo de vida, o cantor acumulou dívidas consideráveis, incluindo despesas com o Rancho Neverland, aquisições de arte, joias e jatos particulares. Um investigador financeiro revelou que Jackson direcionava mais de US$ 30 milhões anualmente para o pagamento de juros, principalmente relacionados aos débitos com a AEG Live, empresa responsável pela organização de suas turnês.
De acordo com os registros apresentados ao Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, Jackson ainda estava devendo cerca de US$ 40 milhões à AEG Live. O documento detalha que após a morte do cantor, 65 credores surgiram com reivindicações, desencadeando uma série de processos judiciais, com juros e taxas elevadas se somando às obrigações. A situação das dívidas veio à tona quando os administradores do espólio de Jackson, John Branca e John McClain, submeteram documentos legais para aprovar o pagamento de aproximadamente US$ 3,5 milhões a escritórios de advocacia pelos serviços prestados no segundo semestre de 2018.
Os executores afirmaram no arquivo que a maioria das dívidas foi liquidada e a maioria dos litígios resolvida. Enquanto isso, os negócios milionários de Michael Jackson com a Sony continuavam a render frutos. Durante as décadas de 1980 e 1990, o cantor arrecadou centenas de milhões de dólares com álbuns de sucesso e turnês globais. Em 1985, ele fez um investimento de US$ 47,5 milhões ao adquirir o catálogo de músicas dos Beatles, um dos melhores negócios de sua vida.
Esse catálogo foi posteriormente vendido para a Sony/ATV Music, garantindo a Jackson uma participação de 50% na empresa. Em 2016, a Sony adquiriu essa participação por US$ 750 milhões, pagando ao espólio do cantor. Em 2023, a Sony voltou a negociar com os detentores dos direitos do artista, adquirindo 50% do catálogo musical de Jackson por cerca de US$ 600 milhões. Essa transação avaliou o catálogo completo em aproximadamente US$ 1,2 bilhão, incluindo direitos de execução e gravação de suas músicas, além de projetos cinematográficos.
Assim, apesar das dívidas pendentes, Michael Jackson ainda continua gerando lucros significativos para seus herdeiros. Atualmente, eles estão envolvidos em uma disputa com a Receita Federal dos EUA após uma auditoria fiscal sobre as recentes transações do espólio. A complexidade das finanças de Jackson e a negociação contínua de seus direitos musicais mostram como mesmo após a morte, as questões financeiras do Rei do Pop permanecem em destaque.
Fonte: @ Terra