Mundo
OMS alerta: Calor extremo agrava crise de saúde na Faixa de Gaza; especialistas preocupados | CNN Brasil
ouça este conteúdo
Forças israelenses intensificam ofensiva em área de operações militares, Rafah, cidade viva um catastrofe, pessoas estão morrendo, instalações médicas funcionando.
A Organização Mundial da Saúde alertou, hoje, que as altas temperaturas na Faixa de Gaza podem agravar os problemas de saúde dos palestinos deslocados devido aos conflitos na região. A saúde dessas pessoas pode ser afetada pela contaminação da água e pela deterioração dos alimentos em decorrência do calor intenso.
Além disso, a crise-de-saúde na região pode resultar no aumento de doenças e na sobrecarga dos sistemas de saúde-pública locais. É fundamental que medidas sejam tomadas para prevenir a propagação de doenças e garantir o acesso a cuidados médicos adequados para a população afetada pela saúde precária na Faixa de Gaza.
Saúde em Gaza: Crise de Saúde Pública e Doenças Emergentes
‘Teremos insetos, mosquitos e moscas, mas também desidratação, insolação, entre outros’, afirmou o representante da OMS para Gaza e Cisjordânia, Richard Peeperkorn. O Programa Alimentar Mundial alertou que uma enorme crise de saúde pública se aproxima em Gaza devido à falta de água potável, alimentos e suprimentos médicos. Peeperkorn destaca que, devido às más condições de água e saneamento, o número de casos de diarreia é 25 vezes superior ao normal. A água contaminada e o saneamento precário estão ligados a doenças como cólera, diarreia, disenteria e hepatite A, segundo a OMS. Mais de oito meses após o início da guerra em Gaza, o avanço de Israel concentra-se agora nas duas últimas áreas que suas forças ainda não tinham atacado: Rafah, no extremo sul de Gaza, e a área que rodeia Deir al-Balah, no centro.
Situação em Rafah: Captura de Rafah e Operações Militares
‘Toda a cidade de Rafah é uma área de operações militares israelenses’, disse Ahmed Al-Sofi, prefeito de Rafah. ‘A cidade vive uma catástrofe humanitária e as pessoas estão morrendo dentro das suas tendas por causa do bombardeamento israelense’, acrescentou. Sofi disse que não havia instalações médicas funcionando na cidade e que os moradores que seguem no local não tinham acesso a itens básicos, como comida e água. Os militares israelenses acusaram o Hamas de utilizar civis palestinos como escudos humanos, uma alegação que o Hamas nega.
Conflito em Gaza: Pessoas Morrendo e Instalações Médicas
Dados palestinos e da ONU mostram que menos de 100 mil pessoas podem ter permanecido no extremo oeste da cidade, que abrigava mais de metade dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza antes do início do ataque israelense no início de maio. O braço armado do Hamas disse na quinta-feira que seus combatentes atingiram dois tanques israelenses com foguetes antitanque no campo de Shaboura, em Rafah, e mataram soldados que tentavam fugir pelos becos. Nas proximidades de Khan Younis, um ataque aéreo israelense nesta sexta-feira matou três pessoas, incluindo pai e filho, disseram médicos. A ofensiva deixou Gaza em ruínas, matou mais de 37.400 pessoas, segundo as autoridades de saúde palestinas, e deixou quase toda a população desabrigada e indigente.
Fonte: @ CNN Brasil