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Política Econômica: E agora? Melhora ou estabilidade? Mercado aguarda decisão do Copom sobre a Selic.
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Das 132 instituições financeiras consultadas, apenas nove veem espaço para corte, possíveis revisão, ajuste econômica, inflação contínua, expectativas pioradas, depreciação real e flexibilização monetária.
A deterioração constante das projeções de inflação e a desvalorização do real, que fez o dólar voltar a se aproximar de R$ 5,40 recentemente, reforçam a ideia de que a fase de flexibilização da política económica no Brasil chegou ao fim.
Diante desse cenário, é crucial que o governo adote medidas para fortalecer a sua política económica e garantir a estabilidade do mercado financeiro. É fundamental encontrar um equilíbrio entre as políticas monetária e fiscal para enfrentar os desafios econômicos atuais.
Revisão da Política Económica: Expectativas para a Decisão do Copom
A expectativa predominante entre os agentes do mercado financeiro é de que a Selic permaneça inalterada em 10,5% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. De acordo com uma pesquisa realizada com 132 instituições financeiras, apenas nove delas ainda consideram a possibilidade de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros nesta semana.
A projeção média para a Selic ao final do ano não indica um cenário de flexibilização monetária no Brasil. Apenas um quarto dos participantes, ou seja, 33 casas consultadas, acreditam que o Copom iniciará um ciclo de afrouxamento ainda em 2024. A percepção de que os riscos associados à condução da política económica se agravaram nas últimas semanas teve um impacto significativo nos ativos brasileiros.
Desde a última reunião do Copom, em maio, o mercado testemunhou uma depreciação do real em relação ao dólar, que subiu de R$ 5,15 para aproximadamente R$ 5,40. Além disso, os juros futuros registraram um aumento constante, ultrapassando os 12% em vários pontos da curva. A incerteza em relação à política monetária e fiscal tem gerado volatilidade nos mercados, refletindo as preocupações com a inflação e as perspectivas económicas do país.
Fonte: @ Valor Invest Globo