Pré-juízos na suinocultura do Rio Grande do Sul: Danos de R$ 40 milhões e mortes de 12.6 mil suínos abalam produtores locais – Mercado&Consumo

Danos de 25 a 26 mil m² em área construída: prejuízo directo, estudos pré-liminares, reconstrução de propriedades, estradas destruídas, acesso às granjas, restringir alimentação, pré-juízos posteriores – danos a materiais e áreas construídas.

A Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) calcula que os pré-juízos na suinocultura gaúcha devido às fortes chuvas atingiram a marca de R$ 40 milhões.

Em contrapartida, a situação climática adversa não afetou nenhum outro setor produtivo do estado, mostrando a resiliência da suinocultura local.

Estudo preliminar revela impacto dos pré-juízos na suinocultura, no Rio Grande do Sul;

Uma análise inicial realizada pela associação aponta para os prejuízos diretos causados pelas recentes intempéries, abrangendo tanto os danos materiais em cerca de 40 propriedades quanto as perdas de animais, com a morte de aproximadamente 12,6 mil suínos, seja por afogamento, arrastados pelas águas ou por deslizamentos, conforme relatado pelo presidente da Acsurs, Valdecir Folador. Os danos totais ou parciais afetaram entre 25 mil m² e 26 mil m² de área construída.

Impactos financeiros da reconstrução e desafios de alimentação pós-pré-juízos;

Estima-se um custo de cerca de R$ 30 milhões para a reconstrução das propriedades e suas estruturas, porém, há incertezas quanto a esse valor, uma vez que alguns produtores podem optar por abandonar a suinocultura, como explicado por Folador. Além disso, há prejuízos difíceis de mensurar, relacionados aos desafios de alimentação dos plantéis, decorrentes de problemas logísticos, como a destruição de estradas. Em alguns casos, o acesso às granjas só foi restabelecido após uma semana. Muitos animais sofreram restrição alimentar, o que acarretará prejuízos posteriores.

Estimativa de prejuízos adicionais e impacto regional;

Estima-se que os prejuízos adicionais possam chegar a valores entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões, conforme cálculos do representante da Acsurs. As regiões do Vale do Taquari, da Serra Gaúcha e do Vale do Caí foram as mais impactadas pelas chuvas na suinocultura do Rio Grande do Sul. Essas áreas concentram cerca de 28% da produção de suínos do Estado, que abate anualmente 11,2 milhões de animais.

Desafios e perspectivas para a reconstrução pós-pré-juízos;

Com os dados sobre os prejuízos em mãos, a Acsurs espera contar com o apoio do governo para a reestruturação financeira dos suinocultores e das atividades nas propriedades afetadas, sendo a principal demanda a renegociação das dívidas dos produtores que tiveram suas propriedades destruídas. Folador também avaliou que, apesar da tragédia, a suinocultura gaúcha não deve sofrer impactos significativos em termos de volumes ou preços, devido à magnitude da atividade no Estado. No entanto, para aqueles que sofreram perdas, a situação é completamente diferente.

Fonte: @ Mercado e Consumo