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Recuperação Anual de Fundos Imobiliários de Shoppings em 2024: A Ascensão dos Centros Comerciais.
Segmento imobiliário de shoppings recuperou forte em 2021, superando efeitos de medidas de isolamento. Anuais: ofertas, desempenho, captação histórica, patrimônio maior, tijolo. Fatores: performance médias, lockdown, dividendos suspensos, avanço e-commerce, mudanças industria.
Os fundos imobiliários de shoppings, um dos setores mais impactados pela crise da covid-19, continuam a mostrar sinais de recuperação neste início de 2024. Desde o segundo semestre de 2023, esses fundos imobiliários de shoppings já captaram cerca de R$ 7 bilhões em novas ofertas, demonstrando um desempenho superior em relação a outras categorias do mercado.
Os investimentos em real estate têm sido uma opção atraente para muitos investidores, especialmente aqueles interessados em mall funds e retail. A diversificação proporcionada pelos property funds que incluem ativos de shopping tem se mostrado uma estratégia sólida em meio à volatilidade do mercado financeiro.
Recuperação e Desempenho Anual dos Fundos Imobiliários de Shoppings
Durante o painel da quarta edição do FII Experience, promovido pela Suno, com a participação de Isaac Marcovistz, da BB Asset, e Alexandre Machado, da Hedge, o destaque foi para os fundos imobiliários de shoppings. Segundo Machado, esses fundos representam cerca de 30% do total captado pela indústria neste ano. Em contrapartida, em 2023, o setor contribuiu com ‘apenas’ 13% das captações realizadas.
Um exemplo recente que ilustra o potencial desses investimentos é o XP Malls (XPML11), focado em shoppings, que alcançou a maior captação histórica do segmento, atingindo a marca de R$ 1,8 bilhão no último mês. Com esse montante, o patrimônio do fundo chegou a R$ 6,2 bilhões, consolidando sua posição como o maior do setor de ‘tijolo’ no país.
Um dos fatores que impulsionam esse cenário é o excelente desempenho dos fundos de shoppings no ano passado, período marcado por uma significativa recuperação após os desafios enfrentados durante a pandemia. Em 2023, o Ifix, referência do setor, valorizou 15,5%, enquanto os fundos de shoppings apresentaram um rendimento expressivo de quase 32%.
Essa performance superior em relação ao índice demonstra a atratividade desses ativos para os investidores, que têm buscado cada vez mais oportunidades nesse segmento. Durante os períodos de lockdown e suspensão de dividendos, os fundos imobiliários de shoppings, juntamente com os de escritórios e hotéis, foram os mais impactados pelas restrições impostas.
No entanto, a retomada das atividades do setor após o período mais desafiador da pandemia evidenciou a capacidade de adaptação dos shoppings às novas demandas do mercado. As mudanças impulsionadas pelo avanço do e-commerce levaram a questionamentos sobre o futuro dos fundos de shoppings, mas a indústria tem demonstrado resiliência e capacidade de se reinventar.
As tendências emergentes têm sido incorporadas de forma eficiente pelo setor, contribuindo para o desempenho positivo observado ao longo do ano. Machado, da Hedge, ressaltou a importância da indústria em se adaptar às transformações do mercado, o que tem sido fundamental para o sucesso dos fundos imobiliários de shoppings.
Fonte: @ Valor Invest Globo