Relato Chocante de Violações no Equador: Torturas, Execuções e Prisões Arbitrárias Reveladas pela Human Rights Watch

Human Rights Watch enviou carta ao presidente Daniel Noboa condenando afixação de torturas prisões arbitrárias execuções extrajudiciais e sequestros num conflito armado interno.

Desde que o governo do Equador decretou que o país enfrenta um ‘conflito armado interno’, em 9 de janeiro deste ano, surgiram relatos de violações de direitos humanos, incluindo execuções extrajudiciais, prisões arbitrárias e supostas torturas realizadas pelas forças de segurança e militares equatorianos, conforme apontado por uma investigação da Human Rights Watch (HRW).

Essas violações têm gerado indignação e preocupação internacional, evidenciando a gravidade dos abusos cometidos e a necessidade urgente de medidas para garantir o respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos equatorianos. O desrespeito às normas internacionais de direitos humanos e a falta de prestação de contas por essas infrações são questões que demandam atenção imediata da comunidade internacional e das autoridades locais.

ONG Internacional Relata Violações de Direitos Humanos no Equador

Uma organização não governamental (ONG) internacional de direitos humanos enviou recentemente uma carta ao presidente equatoriano Daniel Noboa, destacando os alegados casos de abusos e solicitando a implementação de medidas para prevenir violações de direitos humanos. A HRW expressou preocupação com os relatos de violações, incluindo abusos, infrações e transgressões, pedindo ação imediata para combater tais práticas.

A controvérsia em torno do decreto de ‘conflito armado interno’ também foi levantada pela ONG, questionando a justificativa dada pelas autoridades equatorianas. A falta de evidências concretas sobre a existência de um conflito interno no país levantou dúvidas sobre a legitimidade das ações governamentais.

Nos últimos anos, o Equador testemunhou um aumento significativo da violência, com um crescimento alarmante de 574% nos homicídios entre 2019 e 2023, de acordo com dados do Observatório Equatoriano do Crime Organizado. O país foi palco de eventos chocantes, como sequestros, explosões e até a invasão de um estúdio de televisão ao vivo por narcotraficantes.

Diante desse cenário, o governo equatoriano declarou uma guerra contra o crime organizado, classificando os envolvidos como ‘terroristas’. Desde o início da ofensiva, mais de 13 mil pessoas foram detidas, com relatos de condições precárias nas prisões e alegações de tortura e maus-tratos por parte das forças de segurança.

A HRW recebeu denúncias de prisões arbitrárias, especialmente afetando jovens de comunidades carentes, que foram detidos sem justificativa aparente. Em um caso específico, 22 pessoas foram presas sob acusações de ‘terrorismo’, sem evidências substanciais que corroborassem tais alegações.

As famílias dos detidos enfrentaram dificuldades para obter informações sobre o paradeiro de seus entes queridos, com relatos de deslocamentos para prisões distantes de suas residências. A falta de transparência nos processos judiciais levantou preocupações sobre a garantia dos direitos fundamentais dos acusados.

A HRW realizou uma extensa investigação, entrevistando vítimas de abusos, advogados e familiares, além de analisar evidências documentais e participar de audiências judiciais. A organização ressaltou a importância de respeitar os direitos humanos e garantir a integridade dos processos legais em meio à crescente militarização das ruas e prisões equatorianas.

Fonte: @ Agencia Brasil