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Rio Grande do Sul: Inundações Históricas e Risco de Deslizamentos Ainda Preocupam o Estado
Rio Grande do Sul: Encostas urbanas ameaçam deslizamentos e queda de barreiras. Limite de solo saturado, taxas de umidade altas. Infiltração no subsolo, subida d’água pelos bueiros. Históricas enchentes, favorável condição. Defesa Civil alerta: equilíbrio precário.
Um estudo recente realizado pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) alerta para a possibilidade de novas inundações no Rio Grande do Sul. As chuvas intensas têm deixado o solo do estado encharcado, aumentando o risco de deslizamentos de terra e deslizamentos de barreiras em áreas urbanas e margens de estradas.
Essa situação climática preocupante pode resultar em uma tragédia ambiental, com o potencial de causar enchentes e mais danos à região. As autoridades locais precisam estar atentas e adotar medidas preventivas para minimizar os impactos das chuvas fortes no estado do Rio Grande do Sul.
Rio Grande do Sul, inundações: desafios e impactos da tragédia climática
A região do Rio Grande do Sul enfrenta atualmente a maior tragédia climática de sua história, com volumes de chuvas muito acima da média esperada para o período. As enchentes e as chuvas fortes têm sido constantes, levando a uma situação de calamidade em diversas cidades do estado.
O limite de saturação do solo foi atingido em várias áreas, com as taxas de umidade do solo próximas ao máximo, tornando o solo incapaz de absorver mais água. Isso cria uma condição favorável para o escoamento superficial da chuva, aumentando o risco de inundações em regiões já afetadas pelas enchentes históricas.
Os pesquisadores explicam que o nível de saturação do solo é calculado medindo a quantidade de água presente no solo em relação ao volume total do solo e água. Sensores específicos são utilizados para determinar essa proporção, e quanto mais próximo de 100%, maior o nível de saturação do solo.
Em algumas áreas do extremo sudoeste do Rio Grande do Sul, a situação é um pouco menos crítica, com menor umidade do solo em comparação com a região centro-leste do estado. Os cientistas afirmam que se o solo estivesse mais seco, parte da água da chuva já teria conseguido infiltrar no subsolo.
No entanto, as chuvas constantes têm provocado até mesmo a subida da água pelos bueiros, causando alagamentos em áreas que antes não eram afetadas. A situação é preocupante, e a Defesa Civil tem trabalhado incansavelmente para lidar com os desafios impostos por essa tragédia climática.
Os impactos da tragédia climática no Rio Grande do Sul são devastadores. Até o momento, são 166 mortes confirmadas devido às fortes chuvas e enchentes, com 64 pessoas ainda desaparecidas. Mais de 581 mil pessoas estão desalojadas, e cerca de 55 mil encontram-se em abrigos.
A situação é crítica em 469 dos 497 municípios gaúchos, afetando diretamente mais de dois milhões de pessoas. O lago Guaíba atingiu níveis históricos, ultrapassando os 5 metros e 30 centímetros. O Aeroporto Internacional Salgado Filho suspendeu suas operações até o final de agosto devido às condições adversas.
Na região Sul, a Lagoa dos Patos também transbordou, afetando municípios como Rio Grande. Em 2023, uma série de desastres climáticos abalou o Rio Grande do Sul, resultando em 16 mortes em junho, 54 em setembro e mais 5 em novembro. A situação exige medidas urgentes e a solidariedade de todos para enfrentar essa crise sem precedentes.
Fonte: @Olhar Digital