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Sequelas Pulmonares: Estudo da USP Revela Impacto Após Dois Anos da Covid-19 Grave
USP pesquisadores constataram que 91% dos pacientes gravemente afetados por Covid-19 apresentavam sequelas pulmonares aos 24 meses, sendo a fibrose (33%) a mais preocupante. Alterações inflamatórias persistem, exigindo tomografia, intervenções e medicamentos. (147 caracteres)
Passados dois anos desde a alta médica, a maioria dos pacientes que enfrentaram um quadro grave de Covid-19 e passaram por intubação está lidando com as sequelas pulmonares decorrentes da doença. Mesmo aqueles que experimentaram uma recuperação aparentemente completa no início, agora estão enfrentando desafios relacionados aos efeitos secundários persistentes em seus pulmões.
Essas complicações respiratórias de longo prazo estão impactando significativamente a qualidade de vida desses pacientes, que agora precisam lidar com as sequelas pulmonares e suas consequências diárias. É crucial um acompanhamento médico contínuo para gerenciar as complicações pulmonares e garantir o bem-estar dessas pessoas no futuro.
Estudo revela alta incidência de sequelas pulmonares após Covid-19 grave
Um estudo realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM-USP) acompanhou 237 pacientes que enfrentaram a forma grave da infecção em 2020. Dos participantes, 91% apresentavam alterações pulmonares após dois anos, sendo 58% casos de inflamação e 33% de fibrose. Entre aqueles com lesões semelhantes à fibrose, 2% mostraram melhora, enquanto 25% tiveram piora.
Impactos de longo prazo e complicações respiratórias pós-Covid-19 grave
Publicado na revista The Lancet Regional Health – Americas, o estudo destaca as sequelas pulmonares em pacientes que sobreviveram à infecção. Financiado pela Fapesp e pelo Instituto Todos pela Saúde, o projeto visa acompanhar mais de 700 pacientes por pelo menos quatro anos. Além das alterações pulmonares, o trabalho investiga os efeitos físicos, psicológicos e cognitivos do vírus.
Sequelas pulmonares: desafios e perspectivas para o futuro
Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho, coordenador do estudo, ressalta a preocupação com a evolução das sequelas pulmonares, especialmente em pacientes idosos submetidos a UTI e ventilação mecânica. A fibrose é um ponto crítico, levando os pesquisadores a considerar intervenções medicamentosas, como corticoides ou antifibróticos, para bloquear o processo fibrótico.
Investigação aprofundada e tratamentos inovadores para sequelas pulmonares
Em análises futuras, biópsias serão realizadas para investigar a natureza das alterações observadas por tomografia. Com mais de 200 fatores potenciais para cicatrizes e fibrose pulmonares, incluindo exposição a substâncias nocivas e doenças autoimunes, é essencial compreender e tratar adequadamente as complicações respiratórias pós-Covid-19 grave.
Fonte: @ Veja Abril