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Sonda Voyager 1 desperta no espaço após problema de memória, NASA restaura transmissão de dados
Em 1977, Voyager 1 e 2, nossas pequenas sondas espaciais, comemoram 47 anos de voo e operações, incluindo subsistemas, dados, computadores (três), memória corrompida, instrumentos científicos e de engenharia, status de saúde e dados, desde 1977.
Em nota divulgada na quarta-feira (22), a sonda Voyager 1 retomou a transmissão de informações científicas de dois de seus quatro instrumentos pela primeira vez desde que uma falha de computador afetou a nave-espacial em novembro passado.
A NASA anunciou que a sonda Voyager 1 conseguiu restabelecer a comunicação com parte de seus equipamentos após o incidente ocorrido no final do ano passado. A agência espacial destacou a importância desses dados para a continuidade da missão da Voyager 1 no espaço sideral.
Sonda Voyager 1: Recuperação e Recalibração de Instrumentos Científicos
De acordo com a NASA, as equipes de instrumentos científicos da nave-espacial estão atualmente empenhadas em determinar as etapas necessárias para recalibrar os dois instrumentos restantes, um processo que provavelmente será concluído nas próximas semanas. Esta conquista representa um avanço significativo na restauração da sonda Voyager 1 às suas operações normais.
Em abril, após uma investigação de cinco meses desde o problema original do computador, a missão conseguiu iniciar a transmissão de dados de engenharia utilizáveis sobre a saúde e o status dos sistemas a bordo, incluindo os instrumentos científicos. Em 17 de maio, a equipe enviou comandos à nave-espacial de 46 anos, permitindo assim a retomada do envio de dados científicos para a Terra, revelou a NASA.
A equipe celebrou ao detectar sinais de retorno da sonda Voyager 1, da NASA, pela primeira vez em meses. Com a Voyager 1 localizada a mais de 24 bilhões de km da Terra, a luz leva mais de 22 horas e meia para alcançar a nave-espacial e o mesmo tempo para que um sinal retorne dela. Portanto, a equipe teve que aguardar quase dois dias para confirmar o sucesso de seus comandos.
Segundo a declaração da NASA, o subsistema de ondas de plasma e o instrumento magnetométrico estão agora fornecendo dados científicos utilizáveis. Como parte dos esforços para restaurar a Voyager 1 às operações normais, a missão continua a trabalhar no subsistema de raios cósmicos e no instrumento de partículas carregadas de baixa energia.
A equipe finalmente identificou que o problema ocorrido em novembro foi causado por uma pequena porção de memória corrompida no subsistema de dados de voo, um dos três computadores da nave-espacial. Este sistema é responsável por empacotar dados dos instrumentos científicos, bem como dados de engenharia sobre a saúde e o status da nave antes de serem enviados à Terra.
Lançadas em 1977, as naves Voyager 1 e 2 celebrarão 47 anos de operações em 2024. São as naves mais longevas em operação da NASA, além de serem as primeiras e únicas missões a explorar além da heliosfera. Essa bolha de campos magnéticos e vento solar empurrada pelo Sol contra o meio interestelar, um oceano de partículas originadas por estrelas que explodiram em outras partes da Via Láctea. Ambas as sondas visitaram Júpiter e Saturno, enquanto a Voyager 2 também explorou Urano e Netuno.
Fonte: @Olhar Digital