China encerra exercícios militares com simulações de ataque ao redor de Taiwan: o desafio em destaque

China afirma governar Taiwan, presidente Lai Ching-te, exercícios “Joint Sword – 2024A” são lançados trinta dias após sua posse.

O governo chinês finalizou uma série de manobras militares ao redor de Taiwan, onde realizou simulações de ataques com bombardeiros e treinou embarques em navios de guerra – ações que Taiwan classificou como ‘provocação flagrante’ neste sábado (25). O canal militar da televisão estatal da China anunciou na noite de sexta-feira (24) que os exercícios foram encerrados, mas a tensão continua alta na região.

A situação entre China e Taiwan permanece delicada, com Taiwan reforçando sua defesa e buscando apoio internacional para resistir a possíveis ameaças. A comunidade internacional está atenta à escalada de conflitos na região, enquanto Taiwan reitera sua soberania e independência. A ilha de Taiwan, apesar de pequena, mantém sua posição firme diante das investidas chinesas, demonstrando sua determinação em defender sua autonomia.

China Realiza Novos Exercícios Militares em Torno de Taiwan

Um comentário recente no Diário oficial do Exército de Libertação Popular revelou que os exercícios, denominados ‘Joint Sword – 2024A’, tiveram duração de dois dias, ocorrendo de quinta a sexta-feira, conforme previamente anunciado. O Ministério da Defesa da China permaneceu em silêncio neste sábado, sem responder às solicitações de comentários.

A comunidade internacional expressa crescente preocupação com a possibilidade de a China intensificar sua influência sobre Taiwan. A China insiste em governar Taiwan como parte de seu território, apesar de Taiwan se autogovernar democraticamente. Os exercícios militares foram lançados logo após a posse de Lai Ching-te como presidente de Taiwan, um evento que Pequim rotulou como provocação.

Os exercícios foram descritos por Pequim como uma ‘punição’ em resposta ao discurso de posse de Lai, no qual ele afirmou que os lados opostos do Estreito de Taiwan não são subordinados um ao outro. Essa declaração foi interpretada pela China como uma afirmação de independência, o que desencadeou a rejeição de negociações por parte de Pequim.

Lai Ching-te tem reiterado sua disposição para dialogar com a China, mas suas tentativas foram rejeitadas. Ele enfatiza que apenas o povo de Taiwan tem o direito de determinar seu futuro e rejeita as reivindicações de soberania da China sobre a ilha.

O governo taiwanês condenou veementemente os exercícios militares chineses, afirmando que não se deixará intimidar pela pressão de Pequim. O Ministério da Defesa de Taiwan relatou a presença de 62 aeronaves militares chinesas e 27 navios de guerra chineses na sexta-feira, incluindo 46 aeronaves que ultrapassaram a linha mediana do Estreito de Taiwan.

As aeronaves chinesas, incluindo caças Su-30 e bombardeiros H-6 com capacidade nuclear, sobrevoaram não apenas o Estreito de Taiwan, mas também o Canal Bashi, que separa Taiwan das Filipinas. O Ministério da Defesa de Taiwan divulgou imagens capturadas por aeronaves da Força Aérea de Taiwan, mostrando um caça chinês J-16 e um H-6, sem especificar a localização exata.

O gabinete presidencial de Taiwan denunciou os movimentos militares da China como uma ameaça ao status quo pacífico e estável no Estreito de Taiwan. A ação chinesa foi descrita como uma provocação flagrante à ordem internacional, gerando preocupação e condenação por parte da comunidade internacional.

Fonte: @ CNN Brasil