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Em busca do tesouro vermelho: gelo de água encontrado no equador de Marte!
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Pela primeira vez, satélites registram geada líquida na região equatorial de Marte, planeta com vulcões, superfície com lago.
Na segunda-feira (10), o Olhar Digital divulgou que reflexos observados sob a calota polar sul de Marte, anteriormente interpretados como evidência de um lago de água, na verdade eram apenas uma grande ilusão (saiba detalhes aqui). Isso não significa, no entanto, que a busca esteja encerrada ou que seja impossível encontrar água em Marte – quer dizer, apenas, que foi comprovada a inexistência do lago que se presumia haver abaixo da superfície da calota polar sul do planeta.
Prova de que as pesquisas nesse sentido continuam a todo vapor é um artigo publicado na revista Nature Geoscience também na segunda-feira, trazendo uma notícia bastante animadora: foram detectadas geadas no equador do Planeta Vermelho pela primeira vez. Essa descoberta ressalta a importância de explorar as possibilidades de encontrar água em diferentes formas em Marte, seja em forma de gelo ou líquida, revelando aos poucos os mistérios que envolvem o planeta vermelho.
Descoberta de geada no equador de Marte
As espaçonaves europeias revelam um fenômeno surpreendente na região de Tharsis, em Marte, onde a presença de geada foi detectada, desafiando as expectativas devido às condições climáticas do planeta vermelho. Essa descoberta, realizada pelo ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO) e pela Mars Express, traz novas perspectivas sobre a distribuição e a interação da água na superfície marciana, um elemento crucial para futuras missões exploratórias.
A geada, apelidada de ‘geada proibida’ pelo pesquisador Adomas Valantinas, foi encontrada em áreas sombreadas das caldeiras dos vulcões de Tharsis, como o Olympus Mons, o maior vulcão de Marte. Essa fina camada de gelo, com espessura semelhante à de um fio de cabelo humano, cobre extensas áreas e contém uma quantidade significativa de água, suficiente para encher várias piscinas olímpicas.
A formação da geada em Marte é um processo intrigante, influenciado pela circulação de ar sobre as montanhas de Tharsis, que cria microclimas propícios para a condensação do vapor d’água. Os ventos transportam a umidade da superfície para altitudes mais elevadas, onde se transforma em geada, revelando um ciclo complexo de interações entre a atmosfera e a superfície marciana.
Os cientistas, liderados por Nicolas Thomas, da Universidade de Berna, destacam a importância dessas descobertas para compreender não apenas a geologia de Marte, mas também os processos climáticos e a presença de água no planeta. A detecção da geada nas caldeiras de Tharsis desafia as concepções anteriores sobre as condições climáticas marcianas e abre novas perspectivas para a exploração futura do planeta vermelho.
A geada marciana, efêmera e delicada, representa um mistério fascinante para os cientistas, que precisam ser precisos no momento e local de observação para capturar esse fenômeno fugaz. A presença de água na forma de geada em Marte é um lembrete constante da complexidade e da diversidade do sistema climático do planeta, alimentando a curiosidade e o entusiasmo dos pesquisadores em desvendar os segredos do planeta vermelho.
Fonte: @Olhar Digital