Homem contrai neurocisticercose ao saborear bacon mal passado infestado por tênia

Paciente comia diariamente bacon raro, contraiu tenia. Médicos identificaram cistos cerebrais, infecção por tenia, ovos de tenia, larvas, intestino, corrente sangüínea, auto-infecção, falta de higiene das mãos.

Um rapaz de 52 anos residente na Bahia, no Brasil, foi diagnosticado com neurocisticercose após notar um agravamento nas dores de cabeça que já persistiam por mais de quatro meses. A condição é causada por ovos de tênia que se alojam no cérebro do indivíduo.

Além disso, a tênia pode se desenvolver no intestino humano, causando teníase, uma infecção decorrente da ingestão de carne contaminada. É fundamental buscar tratamento médico adequado para lidar com qualquer tipo de infestação parasitária, especialmente quando se trata de condições graves como a neurocisticercose.

Homem contrai teníase após hábito de consumir bacon mal passado

Os médicos que detalharam o ocorrido em um artigo publicado no American Journal of Case Reports destacaram a extrema raridade da infecção por tênia no país, apontando-a como decorrente da precariedade do saneamento básico. O paciente, que não teve contato com fazendas suínas nem visitou áreas de alto risco, surpreendentemente foi diagnosticado com teníase, demonstrando que a falta de higiene pode ser um fator crucial no desenvolvimento de tais infecções.

Durante as investigações, revelou-se que o homem tinha o costume de consumir bacon mal passado quase diariamente, o que levanta a suspeita de que tenha adquirido a infecção ao ingerir ovos de tênia presentes na carne contaminada. A teníase é ocasionada pela ingestão de carne suína infectada com cistos larvais, enquanto a neurocisticercose ocorre quando os ovos provenientes das fezes de indivíduos infectados são introduzidos no organismo humano.

A hipótese dos especialistas é a de que o paciente tenha se autoinfestado, ingerindo os ovos da tênia que já se encontrava em seu intestino, permitindo que eclodissem, alcançassem a corrente sanguínea e chegassem ao cérebro, desencadeando assim a neurocisticercose. A falta de higiene, principalmente a inadequada lavagem das mãos, pode ter sido o catalisador desse processo de autoinfecção.

Os médicos salientaram em seu artigo a relação entre a teníase adquirida por hábitos alimentares e a neurocisticercose resultante da autoinfecção, enfatizando a importância da prevenção por meio de boas práticas de higiene. Os sintomas observados no paciente, além das dores de cabeça, incluíram convulsões, paralisia parcial, fraqueza, perda de controle motor, confusão e problemas de memória, sendo as convulsões presentes em 80% dos casos de neurocisticercose.

Após receber tratamento hospitalar adequado, o paciente se recuperou completamente, ilustrando a importância do diagnóstico precoce e do manejo adequado dessas infecções parasitárias. A conscientização sobre os riscos associados à ingestão de carne contaminada e a necessidade de medidas preventivas, como a lavagem frequente das mãos, são fundamentais para evitar casos similares no futuro.

Fonte: @ Metropoles