Irã e Israel: As hostilidades explicadas – Qual a origem desse conflito conturbado?

Países trocam ataques aumentando tensão internacional sobre guerra no Oriente Médio: República Islâmica ataca, projéteis disparados, regime iraniano envia milícias.

O cenário geopolítico entre o Irã e Israel apresenta-se como um dos mais tensos da atualidade, repletos de desafios e impasses. A recente troca de ataques diretos entre as duas nações incitou preocupações globais e ressaltou a delicada situação na região. Desde alianças do passado até hostilidades atuais, a histórica dinâmica entre as nações revela um intricado jogo de interesses e rivalidades, que culminou no dramático capítulo ocorrido em abril.

As movimentações observadas entre os países envolvem estratégias complexas e alianças regionais, que influenciam diretamente a estabilidade do Oriente Médio. O confronto direto entre o Irã e Israel desencadeou reações acaloradas e promessas de retaliação, gerando incertezas sobre o futuro da região. A comunidade internacional acompanha com cautela os desdobramentos desse embate, ciente da importância de um diálogo construtivo para mitigar as tensões e buscar soluções pacíficas.

Irã e Israel: A História por Trás da Rivalidade

O recente ataque lançado por Israel contra o Irã desencadeou preocupações sobre uma possível escalada no conflito entre essas duas nações do Oriente Médio. O cenário atual é um delicado jogo de equilíbrio, com o Ocidente tentando conter a situação e evitar uma guerra generalizada na região, já sob tensão desde os confrontos entre Israel e o Hamas.

Em contraste com a hostilidade atual, a relação entre Irã e Israel nem sempre foi conflituosa. Antes da Revolução Iraniana de 1979, o Irã era considerado um dos aliados mais próximos de Israel, segundo relatos de especialistas. Abbas Milani, diretor de Estudos Iranianos da Universidade de Stanford, destaca o período em que o Irã era um parceiro estratégico de Israel, até as transformações geopolíticas que marcaram o fim dessa aliança.

A Revolução Iraniana representou um ponto de virada nesse cenário, com a ascensão dos aiatolás e a implementação de uma agenda política que se opunha diretamente aos interesses de Israel e dos Estados Unidos. Os novos líderes iranianos buscavam expulsar os EUA do Oriente Médio, substituir Israel pela Palestina e desafiar a ordem mundial liderada pelos americanos, conforme analisado por especialistas no assunto.

A história das relações entre Irã e Israel remonta a um passado em que os judeus habitavam o território iraniano há séculos. A comunidade judaica de Isfahan, por exemplo, demonstrava um forte vínculo com o Irã e contribuiu para uma relação inicial positiva entre os dois países. O apoio do Irã à criação do Estado de Israel pela ONU refletia uma postura ambígua, que conciliava o reconhecimento do Estado judeu com as preocupações em relação aos direitos dos palestinos.

O contexto geopolítico do Oriente Médio, marcado pela presença de sistemas antimíssil em Israel após ataques iranianos e pela ação de milícias aliadas ao regime iraniano, evidencia a complexidade das tensões entre essas nações. O potencial de novas agressões por meio do lançamento de projéteis ou ataques por drones coloca em alerta a comunidade internacional, que acompanha de perto os desdobramentos dessa rivalidade histórica entre Irã e Israel.

Fonte: @ CNN Brasil