O retorno do talentoso jogador John Kennedy ao Fluminense: uma história de superação e inspiração, destacada pelo Presidente e por Diniz.

Presidente e treinador discutiram o atacante em entrevista coletiva, highlightando sua comunicação emotiva e fraqueza humana, enquanto consideravam a adição de apoio social para compensar suas perturbações personais.

João Kennedy marcou seu primeiro gol com a camisa do Fluminense depois de passar um período afastado por conta de uma sequência de atos de indisciplina. Após a partida, em entrevista coletiva, o fato foi celebrado pelo treinador Fernando Diniz e pelo presidente Mário Bittencourt, que reforçaram a importância do fortalecimento e ajuda ao jogador e à pessoa. Para Diniz, existe uma chance muito grande de se perder um talento como João Kennedy por falta de atenção.

Na visão de Fernando Diniz, é fundamental que o jogador de futebol se mantenha focado e comprometido com a equipe. A trajetória de um futebolista é repleta de desafios e é essencial que todos os envolvidos estejam alinhados para garantir o sucesso coletivo. A dedicação e disciplina são aspectos fundamentais para o desenvolvimento de um atleta de alto nível.

Reflexões sobre o jogador de futebol e sua vida além dos gramados

‘E isso é um desafio presente no futebol brasileiro, onde a figura do atleta se destaca.’ John Kennedy, para mim em particular, representa uma fonte de felicidade, seu retorno é significativo. É uma nova chance que a vida lhe oferece, assim como a todos nós, pois é nessa interação que ele está se desenvolvendo. Ser jogador de futebol não é tarefa fácil, pois por trás existe uma narrativa complexa e singular.

‘A relação que se estabelece conta com diversas mãos estendidas em ajuda. Meu trabalho tem como base a comunicação humana. Trata-se de uma pessoa que pratica o esporte. Cada um deles carrega consigo suas peculiaridades, a maioria traz consigo, de seus lares, uma fragilidade emocional marcante, um vazio a ser preenchido. O futebol brasileiro carece de atenção nesse aspecto’, continuou.

‘O cerne do problema é mais psicossocial do que técnico, tático ou físico. Muitas vezes, temos uma visão distorcida desse cenário. Meu principal interesse é que ele se destaque em campo, mas também que tenha uma vida após os 35 anos. Não apenas uma vida repleta de glórias como jogador, seguida por décadas de dificuldades à margem da sociedade. É um desafio árduo, porém gratificante’, concluiu.

Mário Bittencourt ressaltou a importância de se preocupar com o atleta, indo além do jogador em si. ‘Acredito que o retorno de John é crucial para que compreendam que o abraço vem após a repreensão que foi feita e que, em grande parte, foi compreendida pelas pessoas. O Fluminense é um formador de jogadores e indivíduos’, afirmou.

‘Quando oferecemos uma nova oportunidade a um jogador após um ato de indisciplina, estamos trabalhando para resgatá-lo, mais do que preocupados com a instituição. Pois o Fluminense continuará formando outros ‘John Kennedys’ ao longo de sua história. O mais importante é que ele não seja apenas um grande jogador, mas também um exemplo para seus filhos e para os atletas mais jovens’, acrescentou.

‘Internamente, enfatizamos que temos nossa parcela de contribuição, mas é ele quem deve desejar se ajudar, se ‘salvar’. Ficamos satisfeitos com seu retorno e seu gol, mas não é motivo para celebração. Ele é um atleta profissional e deve cumprir as regras do clube’, finalizou.

Próximos desafios do Fluminense

Próximos jogos do Fluminense:
– Alianza Lima (C): 29/5, 21h30 (de Brasília) – CONMEBOL Libertadores
– Juventude (C): 1/6, 18h30 (de Brasília) – Brasileirão
– Botafogo (F): 12/6, 17h – Brasileirão

Fonte: @ ESPN