Ação da Disney afunda mais de 9% em NY no 1º trimestre, desapontando investidores.

Números Disney+: resultados mistos, mas receitas de parques superaram expectativas. 1º trimestre: lucro por ação, assinantes, acima de projeção. TV e conteúdo: vendas licenciamento cresceram. Disney negócios: números negativos assinantes, mas lucros de receitas de parques.

A Disney teve as ações despencando mais de 9% nesta terça-feira (7) na bolsa de Nova York, depois que seu relatório do primeiro trimestre, divulgado antes do início do pregão, não agradou aos investidores.

Essa queda acentuada nos papéis da Disney (NYSE: DIS) foi motivada principalmente pela performance aquém do esperado da empresa, gerando preocupações entre os investidores a respeito de seu desempenho futuro. O mercado reagiu de forma brusca às notícias divulgadas, impactando diretamente no valor das ações da Disney.

‘Disney’ domina o mercado apesar de resultados mistos

Os números divulgados pelo NYSE: DIS mostraram um resultado do 1º trimestre com receita ligeiramente abaixo das expectativas, atingindo US$ 22,08 bilhões em vez dos US$ 22,10 bilhões esperados. No entanto, o lucro por ação superou a expectativa, alcançando US$ 1,21 em vez dos US$ 1,12 previstos. Contudo, o grande destaque ficou pela surpresa negativa no número de assinantes do Disney+, registrado em 153,6 milhões em vez dos 155,7 milhões projetados.

Desempenho de setores distintos do império Disney

A Disney, conhecida por seu império em entretenimento, divide seus negócios em três frentes principais: Entretenimento, Esportes e Parques e Experiências. No segmento de experiências, que engloba os famosos parques temáticos, a empresa obteve um crescimento significativo. A receita aumentou 9,8%, totalizando US$ 8,4 bilhões, e o lucro operacional cresceu 12,3%, atingindo US$ 2,29 bilhões, superando as expectativas dos analistas.

Por outro lado, o negócio de TV da Disney enfrentou desafios, à medida que mais pessoas optam por abandonar ou reduzir o uso da TV a cabo. Enquanto a receita da ESPN cresceu 3%, alcançando US$ 4,21 bilhões, o lucro operacional registrou uma queda de 9%, totalizando US$ 799 milhões. A combinação com a ESPN+ resultou em perdas de US$ 18 milhões no trimestre.

Desafios e projeções otimistas para a Disney

As vendas de conteúdo, licenciamento e outras receitas sofreram uma queda acentuada de 40% no trimestre, chegando a US$ 1,39 bilhão, devido à ausência de grandes sucessos de bilheteria no período. Apesar disso, a Disney elevou sua projeção de crescimento de lucro por ação para 2024, passando de 20% para 25%, demonstrando confiança em sua capacidade de recuperação.

O mercado, no entanto, já havia precificado uma expectativa de 25,5% de crescimento, destacando a demanda por resultados ainda mais expressivos da gigante do entretenimento. O Bank of America reafirmou sua recomendação de compra para as ações da Disney, estabelecendo um preço-alvo de US$ 145, elogiando o desempenho sólido da empresa e sua vasta coleção de ativos de alta qualidade.

Em meio a um cenário desafiador no setor de TV e entretenimento, a Disney se mantém como uma das principais referências, combinando inovação e tradição para conquistar seu público. O fechamento das ações a US$ 105,51 reflete a confiança dos investidores no potencial de crescimento da companhia no futuro.

Fonte: @ Valor Invest Globo