Esportes
Julgamento de Gabigol revela divergências e polêmicas entre votos e testemunhas.
O acórdão em colegiado revela votos divergentes e comportamento malicioso de oficiais, segundo o presidente do tribunal.
No último julgamento realizado em 25 de março no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD), Gabigol foi punido com a suspensão de dois anos, em uma votação apertada de 5 votos a 4. A análise do acórdão revela a divergência de opiniões entre os nove auditores, que encontraram unanimidade ao condenar o comportamento considerado ‘grosseiro’ e ‘rude’ do jogador do Flamengo.
O veredito final do tribunal determinou a aplicação da sentença de suspensão, baseada no resultado do julgamento. A decisão tomada destaca a importância de respeitar as normas desportivas e de manter condutas adequadas durante as competições esportivas.
Julgamento do caso de Gabigol: detalhes do acórdão e argumentos dos votos
Uma situação controversa envolvendo o jogador Gabriel Barbosa, mais conhecido como Gabigol, culminou em um julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD). O acórdão de 42 páginas revelou detalhes cruciais e os argumentos dos votos proferidos pelos auditores no processo.
O presidente do tribunal, João Antonio de Albuquerque e Souza, desempenhou um papel decisivo ao emitir o último voto, que resultou na condenação de Gabriel. Os cinco votos a favor da condenação destacaram um ‘somatório de quatro condutas de desconformidade’ atribuídas a Gabigol, indicando uma intenção clara de obstruir o processo de coleta e análise da amostra.
Por outro lado, houve quatro votos contrários à suspensão, sendo um deles da vice-presidente do tribunal, Selma Fátima Melo Rocha. Ela ressaltou depoimentos considerados contraditórios e que, na sua visão, comprometiam a credibilidade dos coletores da Associação Brasileira de Controle de Dopagem.
O relator do caso, Daniel Chierighini, abordou detalhadamente a conduta de Gabriel Barbosa durante o processo de coleta da amostra de urina. As alegações apontaram para atitudes do jogador que levantaram questionamentos sobre sua colaboração no procedimento, incluindo momentos em que supostamente teria se recusado a seguir as instruções dos oficiais.
A defesa de Gabigol apresentou imagens das câmeras de segurança do CT do Flamengo para apoiar a alegação de que o jogador estava na fisioterapia no momento da chegada dos coletores, justificando assim sua ausência nos exames de sangue e urina. No entanto, o tribunal ressaltou a importância da comunicação imediata com os oficiais no dia do teste, independentemente das atividades que o atleta estivesse realizando.
Esse caso complexo envolve uma análise minuciosa dos eventos que ocorreram no dia da coleta da amostra, levando em consideração tanto os procedimentos estabelecidos quanto as alegações da defesa. O veredito final reflete a avaliação cuidadosa dos votos dos auditores, que examinaram cada aspecto do caso antes de chegar a uma decisão no julgamento de Gabigol.
Fonte: © GE – Globo Esportes