Empresário do Botafogo, Textor, é denunciado pelo STJD por falta de provas de manipulação; punição pode chegar a um ano.

Presidente do Botafogo enfrenta julgamento por infração disciplinar e corrupção de arbitragem. Evidências de desvios anormais apontam para comportamentos anormais.

John Textor está sendo investigado pelo STJD. O dono da SAF do Botafogo foi denunciado por não apresentar provas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, e agora terá que enfrentar as consequências disso.

O empresário foi denunciado em dois artigos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o 220-A e o 223, e terá seu julgamento marcado para o dia 15 de abril. Caso seja condenado, Textor pode ficar suspenso de até um ano e multa que pode chegar a R$ 100 mil em cada artigo. A situação parece estar complicada para ele.

Quais são as implicações legais?

Uma análise aprofundada do caso envolvendo o empresário Textor e suas acusações de manipulação de jogos no futebol brasileiro mostra implicações legais sérias. O desrespeito às autoridades desportivas na apuração de irregularidades ou infrações disciplinares, com a consequente não colaboração com os órgãos da Justiça Desportiva e demais autoridades, pode implicar em multa de até R$ 100 mil. Isso é previsto no Artigo 220-A, inciso I, que destaca a importância da cooperação com as instâncias competentes na investigação dessas questões sensíveis no cenário esportivo nacional.

No que diz respeito ao descumprimento ou retardamento no cumprimento de decisões judiciais desportivas, a pena pode incluir multa entre R$ 100 e R$ 100 mil, conforme previsto no Artigo 223. Em casos de reincidência, como ocorre no caso em questão, a punição pode se agravar para incluir a suspensão automática, bem como uma suspensão por um período entre noventa a trezentos e sessenta dias, podendo, na reincidência, resultar na eliminação do infrator, caso a pena seja aplicada a uma pessoa natural.

O relatório de Textor para o STJD

Depois do Botafogo ser vice-campeão Brasileiro por sete vezes nas últimas oito temporadas, Textor decidiu não subestimar o ocorrido com seu clube e avisou os dirigentes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) sobre uma possível manipulação de resultados nos campeonatos de 2022 e 2023. Textor atribuiu às suas denúncias um embasamento técnico e científico, fazendo uso de grandes especialidades e inteligência artificial, que, segundo o empresário, evidenciaram comportamentos anormais em jogadores de Fortaleza e São Paulo no contexto de partidas específicas em que o Palmeiras saiu vitorioso.

No entanto, Textor ainda não mostrou provas concretas sobre os jogadores acusados ou sobre a manipulação efetiva das partidas em questão. O empresário relata que tais provas serão disponibilizadas somente aos procuradores e investigadores governamentais, e que os nomes dos jogadores acusados não serão divulgados publicamente. Para reforçar suas afirmações, Textor menciona que a CBF recebeu dois e-mails em 2023 alertando sobre a manipulação suspeita do jogo entre Palmeiras e Fortaleza, mas não agiu. No entanto, o relatório apresentado não estabelece responsabilidade direta de qualquer clube, trazendo à tona a questão do motivo por trás da manipulação suspeita, deixando espaço para dúvidas e questionamentos sobre a situação.

Fonte: ESPN – Futebol