Maracanã em destaque: WTorre e Vasco contestam processo de concorrência pelo estádio

O Consórcio Fla-Flu entrou com recurso no processo de concorrência pela licitação do Complexo Maracanã.

No dia de hoje, o Grupo Maracanã Plural, composto pela TechSoccer e pelo Botafogo, interpôs recurso no procedimento de licitação do Estádio Maracanã. As instituições argumentam sobre possíveis falhas no trâmite da licitação pública para a gestão e administração por duas décadas do Estádio Maracanã, alegando favorecimento ao Consórcio Carioquinha, constituído por Botafogo e Fluminense.

O processo de concorrência para a operação do Complexo Esportivo do Maracanã tem gerado intensas discussões entre os consórcios envolvidos. Os representantes do Consórcio Mistura Carioca, formado pelo Fluminense e pelo Vasco, manifestaram preocupações em relação à transparência do certame, solicitando uma revisão detalhada dos critérios estabelecidos para a cessão do Estádio Maracanã e todo o seu entorno. A diversidade de interesses no Estádio Maracanã reflete a importância desse ícone esportivo para o cenário carioca e nacional.

Processo de Concorrência no Complexo do Maracanã

Na segunda etapa do processo de concorrência, o Consórcio Fla-Flu, composto por Flamengo e Fluminense, alcançou a maior pontuação, totalizando 117 pontos no Estádio Maracanã. Enquanto isso, a oferta do Vasco, em parceria com a WTorre, atingiu 81 pontos. A terceira concorrente, Arena 360, obteve 54 pontos, porém foi desqualificada devido a não cumprir um dos requisitos do edital. A definição do vencedor da licitação no Complexo Maracanã estava programada para 30 de abril, quando as propostas financeiras seriam reveladas. No entanto, caso o recurso da WTorre e do Vasco seja acatado, a situação pode se modificar.

Concessão do Complexo Esportivo do Maracanã

Atualmente, a administração do Maracanã está sob responsabilidade de Flamengo e Fluminense. A homologação foi oficializada pela Secretaria de Estado da Casa Civil do Rio de Janeiro em novembro de 2023. Na época, Vasco e Arena 360, que gerencia o Estádio Mané Garrincha em Brasília, desistiram de participar. A licitação visava conceder o uso do complexo do Maracanã para gestão, exploração, operação e manutenção ao vencedor por 20 anos.

Detalhes da Licitação do Complexo Maracanã

A determinação estipula um prazo máximo de 30 anos, a cargo do órgão licitante. Conforme explicado por Rafael Marinangelo, especialista em Direito e Licitações, a avaliação combina critérios técnicos e financeiros para escolher o concessionário, conforme a lei 8.666/93. A concorrência pela gestão do Maracanã ocorre levando em conta a melhor técnica e proposta financeira junta.

Por essa razão, a análise começa com os documentos de habilitação das empresas concorrentes, a fim de verificar se atendem aos requisitos básicos. Posteriormente, as empresas qualificadas submetem três envelopes à comissão: habilitação, proposta técnica e proposta financeira. Desde que cumpram os critérios do edital, seguem para a análise das propostas técnicas.

A Arena 360, desclassificada inicialmente, pretende recorrer para continuar no processo licitatório do Complexo Maracanã. A competição envolve diversas etapas que demandam rigor e transparência, visando selecionar a melhor proposta para a gestão do icônico estádio.

Fonte: @ Gazeta Esportiva