Na MRV: Estratégias para Alinhar Recuperação Operacional e Controle de Caixa

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A MRV&CO já havia dado uma pista sobre sua recuperação operacional no início de 2024 ao compartilhar uma prévia da situação operacional do trimestre em 16 de abril. Agora, confirma o que os números preliminares indicavam ao apresentar o balanço consolidado na noite de quarta-feira, 8 de maio. ‘O relatório destaca a nossa recuperação operacional’, afirma Ricardo Paixão, CFO da MRV&CO, ao NeoFeed.

Além disso, o executivo ressalta que os resultados financeiros também refletem a sólida performance da empresa no período. ‘A empresa está conseguindo lidar com a queima de caixa de forma eficiente, o que se reflete nos resultados financeiros positivos’, destaca Paixão. A MRV&CO segue focada em manter seu desempenho financeiro e garantir a sustentabilidade de suas operações no mercado brasileiro.

Recuperação operacional e queima de caixa impulsionam desempenho financeiro

A busca pela recuperação operacional e equilíbrio financeiro é um desafio constante para as empresas do setor imobiliário. O cenário da construção civil exige uma gestão eficiente para superar o gap entre a operação e os resultados financeiros. No caso da construtora e incorporadora em questão, a queima de caixa ainda é uma preocupação, apesar dos avanços registrados.

No último trimestre, o consumo de caixa foi reduzido significativamente, passando de R$ 788,7 milhões para R$ 281,5 milhões. A operação nos Estados Unidos também contribuiu positivamente para esse indicador, saindo de uma queima de caixa de R$ 578,4 milhões para R$ 274,9 milhões. A meta para o ano é gerar entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões em caixa.

Para atingir esse objetivo, a empresa está implementando diversas estratégias. Uma delas é a redução no percentual de imóveis financiados, que passou de 20,9% para 15%. Além disso, a compra de terrenos está sendo restrita a permutas financeiras, considerando que o landbank atual é maior do que a demanda.

A melhora nos indicadores operacionais também é fundamental nesse processo de recuperação. O Valor Geral de Vendas (VGV) de lançamentos teve um crescimento significativo, atingindo R$ 1,59 bilhão, um aumento de 150,4% em relação ao ano anterior. Dessa base, 45% dos projetos foram destinados à faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida.

Outros indicadores também apontam para uma recuperação sólida. As vendas cresceram 18,4%, o percentual de unidades vendidas em relação ao estoque disponível aumentou para 33,1% e o tíquete médio por unidade teve um salto de 13,7%. A margem bruta evoluiu de 20,6% para 25,9%, e o Ebtida cresceu 111%.

O lucro líquido ajustado também apresentou uma melhora significativa, revertendo o prejuízo do ano anterior. Esses resultados refletem o compromisso da empresa em superar os desafios e alcançar uma recuperação operacional sustentável. O foco em geração de caixa e eficiência operacional continuará sendo prioridade para garantir o crescimento anual e a estabilidade financeira.

Fonte: @ NEO FEED