Tecnologia
Proteja sua privacidade ao usar aplicativos de controle menstrual: Saiba como manter seus dados seguros!
Aplicativos de controle solicitam informações que não são essenciais, resultando em direcionamento de propagandas invasivo e violação de privacidade.
Os aplicativos de controle menstrual são ferramentas úteis para auxiliar as mulheres a entender e acompanhar melhor seu ciclo reprodutivo. Além de fornecer previsibilidade, ajudando no planejamento e na gestão da saúde, esses apps podem oferecer insights valiosos sobre o corpo feminino. No entanto, alguns usuários podem se sentir desconfortáveis com a quantidade de dados pessoais solicitados por alguns desses aplicativos.
É importante encontrar um equilíbrio ao utilizar os aplicativos de ciclo menstrual para garantir que a privacidade e a segurança dos dados sejam priorizadas. Vale a pena pesquisar e optar por apps de controle de ciclo que respeitem a privacidade do usuário e coletem apenas informações relevantes para a análise do ciclo menstrual. Afinal, a confiança na proteção dos dados pessoais é essencial para uma experiência positiva no uso dessas ferramentas.
Aplicativos de controle menstrual: a importância da proteção de dados
Pesquisas apontam que os dados coletados pelos aplicativos de controle menstrual são utilizados para gerar renda e direcionar propagandas mais eficientes para os usuários, o que acaba sendo um ponto sensível quando se trata de informações pessoais. Os aplicativos de controle de ciclo menstrual são bastante populares e ocupam posições de destaque nos rankings de downloads, como no caso de um app que figurou em 4° lugar na categoria saúde e fitness da App Store do Google, com mais de 100 milhões de downloads.
A função principal desses aplicativos é fornecer previsibilidade para a mulher em relação ao seu ciclo menstrual, permitindo que ela saiba quando irá menstruar e quais são os dias férteis. No entanto, muitos desses aplicativos solicitam informações que não são essenciais para gerar essa previsibilidade, como detalhes sobre atividades sexuais, humor, uso de contraceptivos e até mesmo localização.
Joana Varon, diretora-executiva da Coding Rights, destaca que a coleta de informações desnecessárias pode representar uma invasão de privacidade para os usuários. Além disso, o advogado Guilherme Goulart ressalta que há também a possibilidade de coleta indireta de dados, como o histórico de busca do usuário, o que levanta preocupações em relação à segurança e privacidade.
Os aplicativos muitas vezes utilizam essas informações para direcionar propagandas específicas para os usuários, como planos de saúde, mesmo fora do ambiente do aplicativo. Um caso emblemático foi o do Flo Health, que compartilhou dados dos usuários com empresas de marketing e análise, indo contra a política de privacidade que prometia o uso das informações apenas para melhorias no serviço.
Essa prática levou o desenvolvedor do Flo Health a ser processado nos Estados Unidos e a modificar suas políticas de compartilhamento de dados. Isso levanta a questão da importância de garantir a segurança e privacidade dos dados de saúde dos usuários, especialmente quando se trata de aplicativos classificados como de saúde, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) brasileira.
Portanto, é fundamental que os desenvolvedores de aplicativos de controle menstrual adotem medidas de proteção de dados mais robustas, solicitem consentimento específico dos usuários e priorizem a segurança e privacidade das informações pessoais coletadas.
Fonte: © G1 – Tecnologia