A misteriosa ilha desolada de Gruinard: Palco de experimentos secretos na 2ª Guerra Mundial

Na década de 1960, BBC investigou relatos de mortes misteriosas de animais em uma ilha desolada escocesa. Ilha, baía, 1942, grupo de cientistas, Operação Vegetariana, cabeceira de Biologia, Porton Down. História de antigas fazaninas sombrias, superstição, Altas Terras. Secrets, armas químicas, Primeira Guerra Mundial, novamente em guerra. Ministério da Defesa, Reino Unido, acesso proibido. Agentes de armas químicas, Antrax espóros, avião, pastagens de gado, Alemanha, carne fornecimento, contaminação, interditada. Ilha, morte, século, catástrofe ambiental. Proibido, poucas pessoas sabem, locals, Mistério, Paul Fildes, Departamento, Guerra, posses, realizar experimentos. Desenvolvimento armas biológicas, usadas contra a Alemanha nazista, efeitos catastróficos, minimizando combate direto. Bolo de linhaça, 1960.

‘Este local, eles chamam de ilha da morte, ilha do mistério, e por um bom motivo’, afirmou em 1962 o repórter da BBC Fyfe Robertson. Fustigado pelo vento, ele falava do outro lado da baía, em frente à remota e desolada ilha escocesa de Gruinard. ‘Mas esta não é uma história de antigas façanhas sombrias, nem uma superstição das Terras Altas da Escócia’, prossegue o repórter.

Apesar da aura sombria que envolve a ilha, também há beleza e mistério em cada canto desse local inexplorado. A conexão entre a natureza selvagem e a presença humana cria um cenário único, onde a terra guarda segredos que desafiam a compreensão. A ilha, repleta de contrastes e enigmas, continua atraindo a curiosidade de aventureiros e pesquisadores que buscam desvendar seus mistérios.

Os Segredos da Ilha da Morte

Não, esta história intrigante teve início em 1942, em meio a um cenário de guerra que perdurava há três longos anos. Foi nesse contexto que um selecto grupo de cientistas do Escritório da Guerra se apossou repentinamente de uma ilha remota e desolada para iniciar experimentos tão misteriosos que, mesmo duas décadas depois, pouquíssimas pessoas têm conhecimento do que se passou ali. Os habitantes locais foram mantidos no escuro, completamente alheios às atividades secretas que se desenrolavam na ilha.

Os Horrores da Ilha do Mistério

A intenção de Robertson era investigar as lendas de perigosos experimentos governamentais que supostamente teriam sido conduzidos em Gruinard. À época de sua investigação, o acesso à ilha já havia sido proibido pelo Ministério da Defesa do Reino Unido, e Robertson não conseguiu persuadir os temerosos locais a levá-lo em um passeio de barco ao redor da ilha para uma inspeção mais detalhada. O desfecho dessa história foi uma devastadora catástrofe ambiental que deixou a ilha contaminada e interditada por cerca de meio século.

As Antigas Façanhas Sombrias da Ilha da Morte

Somente em 24 de abril de 1990, o governo britânico declarou que a ilha estava segura para visitação. Gruinard foi palco de uma obscura tentativa do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial de utilizar o antraz, uma bactéria letal, como arma de guerra. A verdade sobre os eventos ocorridos na ilha só veio à tona em 1997, quando um filme militar revelou os detalhes dos experimentos conduzidos na área. O projeto, conhecido como Operação Vegetariana, foi liderado por Paul Fildes, do Departamento de Biologia de Porton Down.

A Insólita História da Ilha do Mistério

Porton Down, estabelecida em 1916 como Estação Experimental do Departamento de Guerra, tinha como objetivo original estudar os efeitos de agentes de armas químicas durante a Primeira Guerra Mundial. Nas décadas de 1940, a estação foi encarregada de desenvolver armas biológicas para o combate contra a Alemanha nazista, evitando confrontos diretos e causando impacto letal. O plano envolvia lançar bolos de linhaça com esporos de antraz sobre pastagens germânicas, resultando em uma disseminação letal do agente infeccioso.

Os Mistérios Escondidos da Ilha do Terror

A letalidade do antraz, uma bactéria natural mortal, teria provocado uma devastação sem precedentes no fornecimento de carne alemão, resultando em contaminação generalizada. Para simular o uso do antraz como arma biológica, os pesquisadores precisavam de um local isolado para seus experimentos. Em 1942, a ilha desabitada de Gruinard foi adquirida pelos militares britânicos, tornando-se o palco sombrio de testes que desafiaram as fronteiras éticas e morais da ciência da época.

Fonte: © G1 – Globo Mundo