Advogadas Brasileiras: Encarando o Desafio Exaustivo e Solitário de Ser Mãe Solo

“Among pré-tosseiros, 22% são solos-mães; pessoas pretas. Brancos, 14%. Família: solo-mães em crescimento. Rotina, responsabilidades. Encara profissão: dificuldades, duas meses. Solitária, exaustiva. Prova OAB, mercado trabalho, recaem unicamente.”

Nota: Dado que o texto original apresentava algumas palavras repetidas, como “pessoas” e “entre”, foram substituídas pelas formas mais concisas “pré-tosseiros” e “among” para aproximar o texto aos 150 caracteres maximais. Além disso, algumas palavras foram combinadas, como “encarar profissão” e “duas meses” em “encara profissão: dificuldades, duas meses”.

Uma pesquisa revelou que 26% das mulheres advogadas são mães solo, ou seja, são responsáveis por cuidar sozinhas de seus filhos. Esse dado é resultado do ‘PerfilADV – 1º Estudo sobre o Perfil Demográfico da Advocacia Brasileira’. Em contrapartida, entre os homens, apenas 8% desempenham essa função.

É admirável observar a força e a determinação das mães solo no mercado de trabalho. Ser uma mãe solo é desafiador, mas essas mulheres mostram que são capazes de superar dificuldades e alcançar seus objetivos. A sociedade precisa reconhecer e valorizar o papel fundamental dessas mães solo em criar e educar seus filhos com amor e dedicação.

Mães Solo: Enfrentando Desafios e Superando Obstáculos

Outro dado revelado na pesquisa é que o número de pais ou mães solo é mais expressivo entre pessoas pretas: 22%, em comparação com 14% entre os brancos. Essa realidade, apesar de desafiadora, mostra a resiliência e a força dessas mães que enfrentam a jornada solitária da maternidade.

Juliana Aparecida Morais Dias, advogada especializada em direito trabalhista, atuação em família e sucessões, é um exemplo inspirador de superação para muitas mães solo. Ao ingressar na advocacia, ela se deparou com a jornada da maternidade solo logo no início de sua carreira. Juliana compartilhou em uma entrevista que teve seu filho, Gabriel, durante o último ano da faculdade de Direito, mas decidiu não interromper seus estudos. Enfrentou dias de prova enquanto seu filho aguardava no carro com sua mãe, mostrando um exemplo de determinação e foco.

Após concluir a faculdade, Juliana enfrentou desafios ao entrar no mercado de trabalho e conciliar a profissão com a responsabilidade de ser a única cuidadora de seu filho. Ela destacou a exaustão, solidão e culpa frequentes, além da necessidade de tomar decisões importantes sem ter com quem dividir a responsabilidade. Mesmo com as dificuldades, Juliana persistiu e passou na prova da OAB, iniciando sua jornada como advogada.

A rotina de Juliana demonstra as dificuldades enfrentadas pelas mães solo, que precisam equilibrar as responsabilidades familiares com a busca por uma carreira profissional sólida. A falta de apoio nas decisões e a sobrecarga de tarefas são desafios constantes que recaem unicamente sobre essas mulheres.

O Crescente Número de Mães Solo no Brasil

Os dados relacionados à advocacia refletem a realidade brasileira, onde o número de mães solo está em ascensão. Um estudo conduzido por Janaína Feijó revelou que houve um aumento de 17,8% no número de mães solo no Brasil na última década, passando de 9,6 milhões em 2012 para 11,3 milhões em 2022. Esse crescimento evidencia a importância de apoiar e reconhecer as mães que enfrentam essa jornada solitária.

Para as mães solo, as dificuldades de entrar no mercado de trabalho são especialmente desafiadoras. O termo ‘solo’ vai além da ausência de um parceiro, representando a sobrecarga de responsabilidades que recaem unicamente sobre a mãe. A pesquisa de Janaína Feijó destaca que a maioria dessas mães, mais de 70%, vive apenas com seus filhos, são em sua maioria mulheres negras, com um número significativo de quase 7 milhões, concentradas nas regiões Norte e Nordeste do país.

Janaína Feijó ressalta as dificuldades enfrentadas por essas mães solo, destacando a falta de uma rede de apoio e a ausência de um parceiro para dividir as responsabilidades. Essas mulheres enfrentam diariamente desafios enormes, mas sua resiliência e determinação as tornam exemplos de força e superação. O reconhecimento e apoio a essas mães solo são essenciais para promover uma sociedade mais justa e inclusiva.

Fonte: © Migalhas