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Esportes

Ampliando a representatividade transsexuais no breaking: Atleta trans, Rudá pede mais inclusão e igualdade.

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transgênero, queers, transgêneros
Rudá e Xandim vencem Brasileiro de Breaking e avançam ao Mundial - Todos os direitos: G1

B-boy jurado no Verão Espetacular, com competições de breaking, na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, com participação do Cirque du Soleil.

A queers community está sempre em busca de mais visibilidade e inclusão, especialmente no cenário esportivo. E é através do breaking que muitas pessoas trans encontram um espaço para expressar sua arte e talento. Rudá Gonçalves é um exemplo de como a dança pode ser transformadora para os transgêneros, e ele espera que mais transgêneros se sintam encorajados a participar das competições e mostrar seu potencial. A inclusão é fundamental para que o breaking brasileiro seja verdadeiramente diversificado e representativo, e Rudá está empenhado em fazer sua parte para que isso se torne realidade.

A presença de mais transgêneros no breaking é essencial para que a comunidade queer seja cada vez mais fortalecida. Para Rudá, a diversidade e a representatividade são pilares fundamentais para o crescimento do esporte, e ele espera que a inclusão de trans no cenário se torne uma realidade ainda mais evidente. A comunidade transgênero tem muito a contribuir para o breaking, e a presença de mais atletas trans será benéfica para todos. A inclusão de pessoas trans no esporte é uma pauta importante e urgente, e Rudá está determinado a continuar lutando por essa causa.

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— É uma responsabilidade que a gente passa a ter do momento que nos colocamos nessa posição de representatividade. Fico feliz por ser visto, de existir e de transitar nessa comunidade, mas quero ver mais pessoas iguais a mim. Esse é o meu objetivo. Quero encontrar os meus também. Assim vou me sentir ainda mais confortável e seguro. Pessoas trans precisam ser vistas no breaking, mas é um processo. A maioria está em situação de rua, você não vê pessoas trans em um evento de breaking, mas agora vão começar a ver. Inclusive, nesse domingo verão em uma competição com transmissão nacional (o Verão Espetacular) — disse.

Atualmente, o breaking representa um local de empoderamento para diversos grupos minoritários, principalmente tratando-se de pessoas pretas. Porém, para Rudá, o cenário brasileiro ainda precisa evoluir para haver um maior acolhimento quando se trata de trans. Rudá é o primeiro atleta transsexual a receber destaque no breaking do Brasil. Consciente do que representa, o b-boy entende a importância de ocupar esse espaço para abrir as portas para outras pessoas.

— O hip-hop não começou sendo uma cena de acolhimento, mas foi aprendendo a separar o que é gangue de grupo, entender as queers e o que precisava para acolher essas pessoas na comunidade. Eu fui a primeira pessoa trans da minha crew, da cena de Belo Horizonte e até a receber o título de campeão nacional. Acho que a comunidade vai aprendendo isso. O hip-hop tem essa filosofia de união, mas mesmo assim precisa se movimentar para entender isso de forma conjunta. Encontramos vários transgêneros no cenário mundial, mas quero fazer esse mapeamento no Brasil. Ainda são poucos, mas acredito que é importante me verem ocupando esse lugar. Essas pessoas precisam ser vistas no breaking, mas é um processo — explicou Rudá.

Rudá só conseguiu alterar o nome há pouco tempo, e ressalta a importância de políticas públicas que facilitem esse processo de transição de gênero. Atualmente, o atleta compete na categoria masculina e diz estar vivendo sua melhor fase. Rudá também falou sobre a influência do breaking nessa parte de sua vida.

— Hoje me sinto uma pessoa realizada. Venho fazendo terapia e comecei a entender que tenho meus valores, prioridades e escolhas. Independentemente de como é o mundo, não temos que estar preocupados com isso. A gente pensa muito nos julgamentos, mas aprendi que vamos perder oportunidades e pessoas no caminho. Na verdade, eles que vão perder a gente. Mas o importante é não nos perdemos. Estou me encontrando e me sentindo mais completo. A transição é uma mudança constante, dura para sempre. Ainda bem que sou artista e consigo usar o breaking para expressar tudo isso.

Rudá já disputou no Verão Espetacular como atleta. Agora, o b-boy volta ainda mais experiente, dessa vez como jurado da competição. O Breaking do Verão será neste fim de semana, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, e contará com a participação de grandes nomes do cenário nacional e internacional. No sábado, às 14h, as fases iniciais da competição terão transmissão ao vivo do sportv. Já no domingo, a grande decisão será transmitida a partir das 10h, no Esporte Espetacular.

História no breaking

Breaking em Paris 2024

O breaking é a grande novidade nas Olimpíadas de Paris. Após uma boa estreia nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Buenos Aires 2018, os atletas vão disputar os Jogos Olímpicos pela primeira vez este ano. Atualmente, o Brasil ainda sonha com uma vaga na categoria masculina, mas as últimas qualificatórias acontecem nesse primeiro semestre. Mesmo não estando na briga por uma vaga olímpica, Rudá falou sobre a importância do breaking nos Jogos, porém afirmou que é necessário apoiar o esporte para além das Olimpíadas.

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— É uma pauta muito importante. Desde que foi oficializada a participação em Paris, em 2020, discutimos isso. Na verdade, já falávamos antes. Mas o breaking nunca precisou das Olimpíadas, as Olimpíadas que precisam do breaking. É um evento muito grande, mas não tão grande quanto a comunidade. Não é todo mundo que vai conseguir viver de ser atleta. Não podemos achar que a vida dessas pessoas vai mudar por conta das Olimpíadas. Espero que a de algumas pessoas sim, mas o breaking tem que continuar além dos Jogos. Precisamos continuar fazendo eventos como o próprio Breaking do Verão, sem depender de Federação e Comitês. As Olimpíadas vão passar, em 2028 o esporte ainda não está confirmado, mas o breaking e o eventos vão continuar e vamos continuar formando pessoas.

Fonte: G1 – Esportes

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