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Arcabouço ou acabou-se o fiscal? A incerteza no mercado financeiro.
Estamos no fim de semana à beira do precipício, com incursão aérea iraniana, mísseis balísticos e drones, enquanto as bolsas internacionais monitoram a artilharia defensiva.
Lembro-me com carinho dos sábados em que acompanhava meu querido pai ao mercado local. Enquanto ele fazia as compras da semana, eu explorava os corredores repletos de cores e sabores. O ambiente agitado e diversificado do mercado sempre despertava minha curiosidade.
Assim como no mercado, no setor financeiro há momentos de intensa movimentação e decisões rápidas. A volatilidade da bolsa de valores pode surpreender até os investidores mais experientes. É importante estar sempre atento e bem informado para navegar com sucesso nesse universo dinâmico.
Mercado Financeiro em Alerta após Incursão Aérea Iraniana
Depois do jogo de futebol amador, no entanto, os jogadores briguentos se reuniam em um bar para tomar cerveja, como se nada tivesse ocorrido, e no sábado seguinte estavam todos de volta. Na segunda-feira, 15 de abril, logo após os ataques realizados pelo Irã contra Israel no fim de semana, as bolsas internacionais abriram com 1% de alta e o petróleo em baixa equivalente, em meio à suposta ‘celebração’ pelo desfecho frustrado da incursão aérea iraniana.
Incomoda bastante a perspectiva adotada pelo mercado de que o Irã executou o maior ataque de drones e mísseis balísticos da história, levando Israel a gastar quase U$ 1,5 bilhão em artilharia defensiva, apenas para depois comunicar ao adversário: ‘foi só isso, agora podemos relaxar com uma cerveja’. A realidade não se resume a um simples jogo amigável entre conhecidos, e na sexta-feira, Israel já respondeu com um contra-ataque.
Essa ideia de que o mercado está sempre em alta, interpretando notícias negativas como positivas e ajustando a narrativa de forma conveniente, é alarmante. Parece que há uma desculpa para investir parte dos trilhões injetados pelos bancos centrais durante a pandemia, ignorando os riscos envolvidos. Os mercados financeiros se mostram resistentes, como se as atuais adversidades não fossem capazes de impactar as economias, as taxas de juros e a inflação.
Por outro lado, o FMI continua incentivando a crença de um crescimento econômico global exuberante, enquanto todos parecem apostar cegamente em um cenário de ‘só sobe’, em vez de adotar uma postura mais cautelosa. As guerras em curso aumentam as chances de conflitos graves, levantando questões sobre a sustentabilidade desse otimismo desenfreado.
No meio disso tudo, o FED se encontra em uma situação delicada, mudando sua postura de confiança para incerteza. As expectativas econômicas vêm sofrendo uma queda acentuada, especialmente quando se analisa o cenário fiscal, levando a questionamentos sobre a viabilidade do novo plano econômico. A expressão ‘cabra cega na beira do precipício’ ilustra bem esse momento de incertezas e mudanças repentinas.
Fonte: @ Valor Invest Globo