BS2 retorna com força ao mercado de M&As e investimentos, impulsionando a Bloxs e outras empresas inovadoras.

Banco Pentagna Guimarães investe em fintech para reestruturar, crescer inorgoricamente. Participa em ofertas, emissões pequenas/médias empresas, termos: estratégia, saída, investidores-anjos, originação, termos financeiros, crescimento de sócios.

Em 2021, o BS2 optou por realizar uma mudança estratégica em suas operações e focou suas ações nos clientes PJ, abandonando os serviços voltados para pessoas físicas. A meta era se destacar em comparação com outros bancos digitais e reverter sua situação financeira.

Essa decisão do Banco Brasileiro S.A. de direcionar seus esforços para o segmento empresarial foi uma aposta arriscada, porém necessária para fortalecer sua posição no mercado de Crédito. Com essa mudança, o BS2 buscava se reinventar e conquistar novas oportunidades de crescimento.

BS2: Estratégia de Crescimento Inorgânico e Participações

Durante o processo de reestruturação, o Banco Brasileiro S.A. da família Pentagna Guimarães adotou uma postura vendedora, desfazendo-se de ativos que não se alinhavam com a nova direção estratégica. A DTVM foi cedida à Galápagos Capital em 2022; a empresa de processamento de cartões foi adquirida pelo Magazine Luiza em 2021; e a base de clientes foi transferida para o Next, do Bradesco, também em 2021. Agora, com a organização financeira em ordem, o BS2 está agora se reposicionando como comprador ativo. O primeiro passo nessa direção foi dado com um investimento no Grupo Bloxs, como parte da estratégia de ampliar o leque de serviços e fortalecer a presença como sócio e investidor em startups inovadoras.

Juliana Pentagna Guimarães, diretora executiva de corporate development, RI e marketing do Banco Brasileiro S.A., menciona: ‘Queremos identificar oportunidades que estejam alinhadas com nossa estratégia e que possibilitem um crescimento inorgânico.’ A conexão com a Bloxs, que tem um modelo de negócios inovador, é considerada estratégica, visando levar empresas que são alvo do BS2 ao mercado de capitais. O investimento na Bloxs foi realizado por meio de uma estrutura de dívida conversível e envolveu a recompra de participações de sócios que estavam saindo, bem como de investidores-anjos.

Detalhes financeiros específicos da transação e a participação do banco na fintech não foram divulgados publicamente. Fundada em 2018 como um serviço de crowdfunding B2C, a Bloxs atualmente opera um marketplace que conecta investidores e emissores, lançado no ano passado, e uma unidade de investment banking chamada Bloxs Capital Partners (BCP), responsável pela originação e estruturação de ofertas.

A Bloxs concentra suas operações na estruturação de dívida para empresas de pequeno e médio porte, público-alvo do BS2. A plataforma lida com emissões que variam de R$ 1 milhão a R$ 150 milhões, com uma média de 300 solicitações de crédito por semana. Em 2023, a fintech registrou um volume de operações próximo a R$ 23 bilhões.

No período acumulado até abril deste ano, a plataforma teve quase R$ 8 bilhões em montante submetido, valor que tende a crescer com a autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a BCP atuar como coordenadora de ofertas públicas. O investimento do BS2 na Bloxs não se limita apenas ao aporte financeiro, mas também marca o início de uma parceria operacional bilateral.

Essa colaboração permitirá ao banco ampliar as opções de financiamento para sua base de clientes, composta por 120 mil empresas, das quais 1,5 mil estão no segmento middle market, com faturamento acima de R$ 50 milhões anuais. No ano anterior, a carteira de crédito do BS2 cresceu 12% em relação a 2022, atingindo R$ 6,2 bilhões. Os ativos totais alcançaram R$ 7,2 bilhões, um aumento de 37%, e o lucro líquido totalizou R$ 85 milhões, um incremento de 61%. Através da BCP, esses clientes terão a oportunidade de realizar emissões de dívida no mercado, atendendo demandas que vão além do crédito bancário.

Fonte: @ NEO FEED