Casas Bahia brilha no 1º trimestre: prejuízos reduzidos e estratégias comerciais em alta!

Empresa aguarda homologação de ex-judicial recovery plan, aprovado pelo Tribunal último mês: reduziu prejuízo líquido, melhorou resultado financeiro; estratégia para categorias: 57 lojas, readequação, centros distribuição.

A Casas Bahia apresentou uma redução significativa no prejuízo líquido no primeiro trimestre deste ano, passando de R$ 297 milhões para R$ 261 milhões, conforme divulgado nesta quarta-feira (8) pela empresa, que está aguardando a homologação do plano de recuperação extrajudicial aprovado pela Justiça no mês anterior. O balanço atual revela uma melhora expressiva em relação ao trimestre anterior, quando a perda foi de R$ 1 bilhão, destacando-se a recuperação do resultado financeiro, que passou de R$ 827 milhões para R$ 486 milhões.

Apesar da queda de 13,7% na receita líquida, totalizando R$ 6,3 bilhões, a Casas Bahia também obteve uma redução de 7,5% nas despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A), com destaque para a diminuição de 14,6% nas despesas com pessoal em comparação com o mesmo período de 2023. Esses números refletem a contínua busca da company por eficiência e otimização de custos em meio ao cenário econômico desafiador.

Casas Bahia: Empresa em Readequação de Estratégia

De acordo com o presidente-executivo da companhia, Renato Franklin, a redução nas receitas reflete a estratégia da empresa de sair de categorias de produtos com prejuízo líquido, focando em itens como eletrodomésticos, celular, televisão, imóveis, segmentos nos quais a empresa se destaca e obtém lucro. Ele destacou também que houve uma melhora gradual durante o trimestre e que a performance da empresa está melhorando em março, com abril seguindo a mesma tendência. Em maio, a expectativa é de que essa evolução continue, especialmente devido ao Dia das Mães, uma das datas mais importantes para o varejo.

‘Nossa prioridade, mais do que a receita, é a rentabilidade’, ressaltou, enfatizando a redução nas despesas, especialmente com pessoal, após o fechamento de 57 lojas, incluindo duas unidades no primeiro trimestre, e a readequação de cinco centros de distribuição. Essa redução de despesas contribuirá para equilibrar a rentabilidade da empresa. A margem bruta do grupo de varejo ainda caiu 1,5 ponto percentual em relação ao ano anterior, para 30%, mas representa uma melhoria em relação ao último trimestre de 2023, atingindo níveis históricos da empresa.

O resultado operacional, medido pelo Ebitda ajustado, teve uma redução de 42,6% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 387 milhões, também uma melhora em comparação com o último trimestre. A margem Ebitda ajustada ficou em 6,1%, ante 9,2% no ano anterior, porém acima dos 2,2% registrados nos últimos três meses de 2023.

‘Ao longo do primeiro trimestre, observamos uma performance melhor do que o esperado, mas não esperamos uma mudança brusca de um trimestre para o outro. Estamos buscando uma melhoria gradual’, afirmou o CEO. ‘Nos comprometemos a encerrar o ano como uma empresa sustentável e lucrativa, mas transformações significativas levam tempo.’

A Casas Bahia, que busca reestruturar suas dívidas de 4,1 bilhões, registrou no primeiro trimestre um fluxo de caixa negativo de R$ 176 milhões, o melhor resultado para o período em cinco anos. No ano anterior, o consumo foi de R$ 644 milhões. Analistas consideraram essa operação como um alívio para o caixa da empresa, permitindo focar no plano de transformação divulgado em meados de 2023, com ênfase na geração de caixa a curto prazo e mudanças na gestão, priorizando margens em relação ao GMV.

A partir de abril, a empresa passou a concentrar esforços na redução de custos sustentável e na manutenção de operações eficientes, visando estabilizar o negócio. Além disso, começou a realizar investimentos seletivos para fortalecer o core e impulsionar a receita. O plano de transformação prevê uma revisão estratégica a partir de 2025, com o objetivo de garantir o crescimento sustentável da empresa.

Fonte: © CNN Brasil