De mulher rica a sem-teto: superando a adversidade morando em abrigo

Filha de lenda da Fórmula 1 do Reino Unido superou o alcoolismo e voltou à estabilidade, graças ao voluntariado em organização de doação de alimentos.

A história de Christina Ireland, filha de uma lenda da Fórmula 1 do Reino Unido, revela como ela passou de uma vida abastada para a situação de sem-teto, e como conseguiu dar a volta por cima.

Crescendo em meio às pistas de corrida, ao lado de grandes nomes como Stirling Moss e Graham Hill, tudo parecia perfeito na vida de Christianne.

Porém, em 2016, ela se viu sem moradia e lutando contra o vício em álcool.

O voluntariado em um projeto de horta comunitária foi o que salvou a vida de Christianne Ireland, proporcionando-lhe uma nova chance de recomeçar.

A história de Christianne Ireland é um exemplo de superação para mulheres sem-teto e pessoas em situação de rua que lutam para reconstruir suas vidas.

Sua jornada serve como inspiração para todos que enfrentam desafios semelhantes.

Uma nova realidade nas ruas do Reino Unido

Recordando os primeiros anos de convivência com o pai, ela descreve a experiência como ‘viver num circo’.

Amizades inusitadas no mundo da Fórmula 1

‘Stirling [automobilista britânico que foi quatro vezes vice-campeão da Fórmula 1] era o melhor amigo dele. Frank Williams [fundador e dirigente da equipe de Fórmula 1 Williams] aparecia e íamos jantar na casa de Stirling. Eu era colocada no carro e partíamos’, lembra ela.

Dificuldades na Fórmula 1 atual

‘A porta de todos estava aberta, ao contrário da Fórmula 1 agora.’

Uma mudança radical de vida

Após anos dirigindo carrões e viajando pelo mundo, ela se viu com apenas uma mala na porta de um abrigo para pessoas sem-teto na cidade britânica de Andover, no sul da Inglaterra.

‘Foi como cair de uma torre de marfim’, descreve ela.

Luta contra o alcoolismo e a falta de moradia

Na época com 58 anos, enfrentou dois divórcios e era dependente de álcool, não tendo outra opção a não ser deixar sua antiga casa em Berkshire para viver no abrigo.

‘A partir das 8h da manhã, tinha que sair do abrigo. Não sabia viver nas ruas. Não conhecia ninguém’, diz ela.

‘A maior parte do meu dia era dedicado a tentar garantir que eu não bebesse, porque assim que eu começava, perdia o controle.’

O caminho para a recuperação

Como parte de sua recuperação do alcoolismo, Christianne foi incentivada a atuar como voluntária em uma instituição de caridade, colaborando em um pequeno lote agrícola em Andover. ‘Nos dias em que estava muito mal e queria sair e pegar uma bebida, bastava colocar um pé na frente do outro e ir até a horta’, lembra ela.

A horta logo deu a ela um vislumbre de esperança, e, depois de alguns meses, Christianne conseguiu encontrar um emprego e alugar um apartamento.

Uma nova oportunidade

Agora, aos 65 anos, trabalha como gerente de apoio na instituição de caridade onde atuava como voluntária e ajuda a supervisionar um projeto de doação de alimentos para pessoas necessitadas.

‘Cresci com nossa horta’, diz ela.

Enfrentando a situação de rua

A chegada ao abrigo para sem-tetos foi um dos períodos mais difíceis da vida de Christianne.

Mas ela também acredita que perder tudo a tornou uma pessoa melhor.

Uma nova perspectiva

‘De certa forma, olhando para trás, vejo [essa experiência] como a de uma cobra que troca de pele. E, então, me encontrei’, diz ela.

Mudança e esperança para o futuro

Christianne incentiva outras pessoas a considerarem o voluntariado como uma resolução de Ano Novo. ‘Nunca é tarde para fazer uma mudança. Basta continuar colocando um pé na frente do outro e as coisas acontecerão’, acrescenta.

Fonte: G1 – Mundo