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Greve nas universidades federais: desfinanciamento e demandas reprimidas refletem uma década de luta na Unilab

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Professores da Universidade Federal de Roraima entraram em greve na segunda-feira (22). — Foto: Rayane Lima/g1 RR Fachada da UnB — Foto: Divulgação/UnB - Todos os direitos: © G1 - Globo Mundo

Desde 2014, universidades sofreram cortes orçamentários em Temer e Bolsonaro governos. Lula’s administration investimento falhou. Trabalhos de obras em graduação e pós-graduação em andamento pressionam por falta de transporte público e residência universitária. Estudantes sofrem com retração após anos de expansão. Valor investido por estudantes em cursos carece. Grupos excluídos ainda aguardam retomada.

Em março, houve uma paralisação inédita no Campus dos Malês da Unilab, devido à precariedade e ao desfinanciamento que afetam as instituições de ensino superior no Brasil. A comunidade acadêmica protestou de maneira unida e determinada, exigindo melhores condições e investimentos adequados para garantir a qualidade educacional.

A greve demonstrou a insatisfação dos estudantes, professores e demais trabalhadores com a situação das universidades federais no país. A luta pela valorização da educação pública e contra o desfinanciamento se tornou ainda mais urgente, evidenciando a necessidade de medidas efetivas para assegurar o futuro do ensino superior no Brasil.

Implicações do Desfinanciamento nas Universidades Federais

Uma cerimônia no pátio marcou a retomada das obras das salas de aulas do campus, iniciadas em 2014 e jamais terminadas por falta de recursos. Para a professora Clarisse Goulart Paradis, doutora em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e vice-presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub), a situação é crítica. ‘Faz dez anos que funcionamos em locais cedidos pela prefeitura. Embora a universidade tenha se tornado uma comunidade acadêmica vibrante de alunos negros, quilombolas e africanos dos países de língua portuguesa, com cursos de graduação e pós-graduação, os reflexos da falta de recursos são visíveis.’

A falta de recursos tem afetado diretamente a qualidade do ensino. ‘Não temos sala de aulas para nossos cursos de graduação e pós-graduação; muito antes da pandemia começamos a fazer um esquema híbrido e de rodízio de salas. Temos problemas muito concretos de falta de transporte público, falta de residência universitária, sendo que presença da universidade pressiona o preço dos imóveis’, explica Paradis, destacando a cadeia de efeitos do desfinanciamento.

A retomada das obras dos dois prédios é um alento para a comunidade acadêmica. Com salas de aula e laboratórios previstos para ficarem prontos no ano que vem, representa um dos primeiros sinais de investimento após anos de retração. Entre 2014 e 2022, o valor investido por estudante pelo governo federal na Unilab caiu em 15,8%, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A greve de professores e funcionários em diversas instituições federais de ensino superior desde 15 de abril evidencia a urgência de uma retomada dos investimentos. O setor viveu forte expansão nos primeiros governos de Luiz Inácio Lula da Silva, seguida de uma redução orçamentária prolongada, especialmente nas gestões posteriores.

O Dieese aponta que, entre 2010 e 2022, o valor empenhado por estudante nas universidades federais encolheu significativamente, refletindo a falta de investimento. Os relatos entre professores, funcionários e alunos destacam um cenário de demandas acumuladas, como alunos custeando insumos de laboratório, falta de residência estudantil e políticas de assistência comprometidas.

A Unilab, nascida no auge do programa Reuni durante o governo Lula, que visava ampliar o acesso ao ensino superior público, a Unilab é uma das instituições afetadas pelo desfinanciamento. A universidade representa a interrupção de uma expansão que integrava grupos excluídos e promovia a interiorização do ensino superior público.

Essa realidade se repete em diversas universidades federais, que enfrentam dificuldades estruturais e financeiras. A priorização de investimentos no setor educacional é crucial para garantir a qualidade do ensino e a inclusão de todos os segmentos da sociedade. A pressão por uma retomada dos recursos financeiros e o fortalecimento da educação pública são fundamentais para o desenvolvimento do país.

Fonte: © G1 – Globo Mundo

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