Investigação sobre suposto caso de espionagem do Qatar a Platini é arquivada pela Justiça francesa

Platini possível vítima de espionagem em 2019; MP investiga violação de sistema automatizado de dados e sigilo de correspondência.

Uma nova investigação foi iniciada pelo Ministério Público de Paris em relação à suposta espionagem ao ex-presidente da Uefa Michel Platini por parte do Qatar. A apuração teve início no final de janeiro e está sendo conduzida para averiguar os possíveis crimes de violação de um sistema automatizado de dados e sigilo de correspondência.

O MP decidiu abrir o inquérito após novas evidências surgirem, indicando que os crimes citados na primeira investigação podem ter ocorrido. A averiguação será realizada minuciosamente para esclarecer todos os detalhes do caso e garantir que a justiça seja feita.

Investigação da espionagem de Platini antes de sua prisão

A investigação começou após a divulgação pelo jornal britânico Sunday Times de que Platini foi alvo de espionagem em maio de 2019, pouco antes de ser preso preventivamente pelas suspeitas de corrupção na escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022, um caso pelo qual ainda não foi formalmente acusado.

O ex-astro do futebol francês, que se tornou dirigente esportivo após se aposentar, foi interrogado em 4 de janeiro de 2023 como testemunha.

Outras duas investigações sobre a suposta espionagem do Qatar continuam em andamento.

Em uma delas, a senadora francesa Nathalie Goulet relatou que recebeu uma ligação de alguém que

se identificou como investigador, embora sem se identificar

, e que tinha a senha de seu e-mail pessoal.

A parlamentar vinculou essa invasão ao seu trabalho sobre islamismo radical e suas objeções às parcerias firmadas pela França e Qatar, incluindo a segurança durante a Copa do Mundo de 2022.

A terceira investigação foi desencadeada pela ação movida pelo portal Mediapart e seu jornalista Yann Philippin, que foi alvo de várias tentativas de fraude pela internet desde janeiro de 2020.

Segundo a investigação do Sunday Times, pelo menos 50 pessoas, incluindo jornalistas e advogados, foram vítimas de ataques cibernéticos para proteger a reputação do Catar.

Fonte: ESPN – Futebol