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O acordo para libertação de reféns em Gaza foi resultado de negociações secretas.

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Israel faz acordo com Hamas para libertar reféns Biden se reúne com Netanyahu em Israel — Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein Militares de Israel em operação na Faixa de Gaza, em 16 de novembro de 2023 — Foto: Forças de Defesa de Israel O presidente dos EUA, Joe Biden, no dia 25 de outubro de 2023 — Foto: Jonathan Ernst/Reuters O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que Israel terá 'responsabilidade geral pela segurança' da Faixa de Gaza 'por período indefinido' — Foto: REUTERS

Autoridades dos Estados Unidos, do Catar e do Egito se envolveram em discussões após o ataque de 7 de outubro, com conversas iniciando poucos dias depois.

Após uma intensa troca de informações, foi possível finalizar o acordo tão esperado.

O G1 disponibiliza agora os vídeos mais populares da plataforma, que são altamente assistidos.

No dia seguinte, pela manhã, McGurk teve um encontro com Abbas Kamil, chefe da inteligência egípcia, no Cairo. Logo depois, foi divulgado que os líderes do Hamas em Gaza haviam concordado com a maioria das condições apresentadas no dia anterior em Doha.

Restava apenas uma questão a ser resolvida, relacionada ao número de reféns a serem libertados na primeira fase e aos detalhes finais do acordo que incentivaria a liberação de mais de 50 mulheres e crianças, conforme informaram as autoridades.

Título: Avanços nas negociações para o acordo de libertação de reféns

No dia 18 de novembro, houve uma importante reunião em Doha entre o enviado McGurk e o primeiro-ministro do Catar. Após esse encontro, o chefe da CIA, Burns, solicitou uma conversa com a inteligência de Israel. Durante essas conversas, foram identificadas as últimas questões pendentes que precisavam ser resolvidas para que um acordo de libertação de reféns pudesse ser alcançado.

Com base nessas discussões, o acordo foi reestruturado para garantir que, na primeira fase, as mulheres e crianças reféns fossem libertadas. Além disso, ficou estabelecida uma expectativa de futuras libertações, com o objetivo final de trazer todos os reféns de volta para casa.

As discussões em Gaza foram interrompidas devido à interrupção das comunicações. Quando as negociações foram reiniciadas, o presidente Biden estava em São Francisco, participando da cúpula Ásia-Pacífico. Ele entrou em contato com o emir do Catar e enfatizou que essa era a última oportunidade para fechar o acordo. De acordo com autoridades, o emir prometeu exercer pressão para garantir o sucesso das negociações.

“O presidente foi enfático ao afirmar que o acordo tinha que ser alcançado agora. O tempo se esgotou”, afirmou uma fonte oficial.

Em uma conversa telefônica realizada em 14 de novembro, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exortou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a aceitar o acordo proposto. Surpreendentemente, Netanyahu concordou com a proposta.

No mesmo dia, o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio se reuniu com Netanyahu pessoalmente em Israel. Após a reunião, o primeiro-ministro israelense segurou firmemente o braço do enviado e expressou a urgência na concretização do acordo. Ele solicitou a Biden que telefonasse para o emir do Catar para discutir os termos finais da acordo, de acordo com uma autoridade presente.

Tendo se passado três dias, o Presidente Joe Biden entrou em contato com o Emir do Catar, Xeque Tamim bin Hamad Al Thani, para obter informações mais precisas sobre os reféns. Biden requisitou os nomes, idades, nacionalidades e sexo dos 50 indivíduos mantidos cativos. Sem essas informações, segundo uma autoridade, seria impossível progredir na negociação.

Logo após o telefonema de Biden, o Hamas divulgou os detalhes dos 50 reféns que seriam libertados na primeira fase de qualquer acordo.

O Hamas se recusa a apresentar critérios de identificação para libertar prisioneiros

O grupo Hamas afirmou que poderia garantir a libertação de 50 indivíduos na primeira fase do acordo, porém não concordou em fornecer uma lista com critérios claros de identificação. Em 9 de novembro, o diretor da CIA realizou uma reunião em Doha com o líder do Catar e representantes da agência de inteligência de Israel para analisar os detalhes do acordo em negociação.

Nesse momento, o principal obstáculo era a falta de identificação clara por parte do Hamas em relação às pessoas detidas.

O processo foi demorado e complexo devido à dificuldade de comunicação entre as autoridades de Doha, Cairo e Gaza. As mensagens precisavam ser transmitidas entre essas três regiões, o que tornava o processo ainda mais desafiador.

Um acordo estava sendo discutido e planejado, e nele estava prevista a libertação das mulheres e crianças reféns na primeira fase. Além disso, haveria uma libertação proporcional de prisioneiros palestinos que estavam sob custódia dos israelenses.

No entanto, os israelenses faziam questão de que o Hamas garantisse que todas as mulheres e crianças fossem liberadas nessa primeira fase. Os Estados Unidos também concordaram com essa condição e exigiram que o Catar fornecesse provas de vida ou informações de identificação das mulheres e crianças detidas pelo Hamas.

As posições do Hamas foram questionadas tanto por americanos quanto por israelenses. Segundo uma autoridade, o plano de invasão de Israel foi modificado para apoiar um possível cessar-fogo, caso um acordo fosse alcançado.

Joe Biden, então, se envolveu em conversas minuciosas nas três semanas seguintes, enquanto propostas sobre a possível libertação de reféns eram discutidas. Foram feitas exigências para que o Hamas apresentasse as listas dos reféns que mantinham, suas informações de identificação, bem como garantias de que seriam soltos.

No dia 24 de Outubro, diante da iminente invasão terrestre em Gaza, autoridades americanas receberam a informação de que o Hamas concordou com os termos de um acordo para liberar mulheres e crianças como parte de uma pausa nos combates.

Diante dessa notícia, os Estados Unidos entraram em discussões com Israel sobre a possibilidade de adiar a ofensiva terrestre.

Os israelenses argumentaram que os termos acordados não eram suficientemente convincentes para justificar um atraso na invasão, uma vez que não havia nenhuma prova de vida dos reféns. Já o Hamas afirmou que não poderia revelar quais reféns estavam detidos até que uma pausa nos combates fosse iniciada.

O processo de libertação de reféns ganha impulso com o envolvimento de líderes

Com o objetivo de resgatar um maior número de reféns, deu-se início a um processo intensificado. Nesse contexto, o diretor da CIA, em busca de soluções, estabeleceu uma comunicação regular com David Barnea, diretor da inteligência israelense.

Biden identificou uma oportunidade de conseguir a libertação de um considerável número de reféns e afirmou que a única maneira realista de garantir uma pausa nos combates seria através de um acordo para a soltura dos prisioneiros, conforme relato de autoridades envolvidas.

Cinco dias após o ocorrido, em 23 de outubro, um trabalho conjunto da equipe da Casa Branca resultou na libertação de duas cidadãs norte-americanas, Natalie e Judith Raanan, que estavam sendo mantidas em cativeiro.

A libertação dos dois americanos comprovou a eficiência da ação para obter a liberdade dos reféns e fortaleceu a confiança de Biden na capacidade do Catar em realizar a missão através da sua pequena equipe especializada, conforme relatado pelas autoridades.

No dia 13 de outubro, o presidente Biden demonstrou empatia ao se encontrar com as famílias das vítimas do ataque do Hamas, compreendendo o sofrimento pelo qual passaram.

Poucos dias depois, em 18 de outubro, Biden viajou para Tel Aviv para uma importante reunião com Netanyahu. Durante o encontro, o foco principal das discussões do presidente dos Estados Unidos com o primeiro-ministro israelense e seus assessores de defesa foi garantir a libertação dos reféns, além do apoio humanitário necessário.

Equipe foi secretamente estabelecida no Oriente Médio

Para atender às exigências de confidencialidade feitas por Catar e Israel, o enviado dos EUA, Brett McGurk, em conjunto com outro funcionário do Conselho de Segurança Nacional, foi instruído por Sullivan a criar uma equipe no Oriente Médio. Essa medida foi tomada sem comunicar outras agências dos EUA relevantes, a fim de preservar o sigilo. Apenas um número limitado de pessoas foram informadas sobre a operação, de acordo com as autoridades informadas.

Brett McGurk, um diplomata experiente com profundo conhecimento na região, estabelecia comunicação diária com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al Thani. Todas as informações eram repassadas a Sullivan, enquanto Biden era atualizado diariamente sobre o progresso.

Um acordo foi alcançado entre duas autoridades envolvidas, resultando na liberação de 50 reféns em troca de 150 prisioneiros palestinos. Durante um período de quatro dias de cessar-fogo, as partes chegaram a um consenso que possibilitou essa troca.

No início de outubro, o Catar, conhecido por sua atuação como mediador em uma região instável, entrou em contato com a Casa Branca, oferecendo informações confidenciais sobre os reféns e o potencial de sua libertação. As autoridades catarianas solicitaram a criação de uma equipe especializada, denominada “célula”, para lidar especificamente com a questão em conjunto com os israelenses.

O acordo em questão exigiu um esforço sigiloso e meticuloso, com a participação direta do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se envolveu em uma série de conversas urgentes com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o emir do Catar, nas semanas que precederam o acordo.

Para alcançar esse resultado, foram realizadas horas de negociações intensas e detalhadas, contando com a presença de diversas autoridades norte-americanas, como o secretário de Estado, Antony Blinken, e o diretor da CIA, Bill Burns.

Ataque Militante no sul de Israel resulta em pedido de ajuda ao governo dos Estados Unidos

Logo após militantes do Hamas realizarem um ataque mortal no sul de Israel em 7 de outubro, o governo do Catar entrou em contato com a Casa Branca buscando assistência. O objetivo era formar uma pequena equipe de conselheiros para auxiliar nos esforços de resgate dos reféns.

Os trabalhos para libertar os capturados, que começaram poucos dias após a tomada de reféns, tiveram um desfecho positivo com o anúncio de um acordo de troca de prisioneiros. Este acordo foi mediado pelo Catar e pelo Egito, e contou com a aprovação de Israel, do Hamas e dos Estados Unidos.

Fonte: G1 – Mundo

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