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Quando as taxas de financiamento imobiliário começarão a descer?
Se houver alteração no crédito para casa, aguardar consolidação de Selic taxas e pré-visibilizar mudanças no custo de imobiliário financiamento, considerando defasagem da política monetária e oscilações no mercado de crédito. (139 caracteres)
As taxas de financiamento imobiliário estão diretamente ligadas à taxa de referência de juros no Brasil (Selic), que já sofreu seis cortes nos últimos sete meses, reduzindo de 13,75% para os atuais 10,75% ao ano. Com essa redução, a perspectiva é de uma maior movimentação no mercado imobiliário, impulsionando o setor e beneficiando os compradores em potencial.
Com a diminuição da taxa de juros, os consumidores têm a oportunidade de obter taxas de crédito imobiliário mais atrativas, tornando o sonho da casa própria ainda mais acessível. Essa queda nas taxas de financiamento imobiliário tem impacto não apenas nos compradores, mas também nos investidores interessados no mercado imobiliário, que podem se beneficiar de condições mais favoráveis para novos empreendimentos.
Expectativas de Mudanças nas Taxas de Financiamento Imobiliário
E sim, ao longo desse período, houve uma diminuição nas taxas de crédito imobiliário. No entanto, até o momento, não foram registradas alterações significativas no custo dos financiamentos imobiliários. O sonho da casa própria permanece como uma das principais motivações para os investidores, como revelado nas edições do Raio X do Investidor, da Anbima.
Segundo o Censo de Moradia do QuintoAndar, a busca pela casa própria é ainda mais relevante entre as classes sociais de menor renda. Isso pode justificar a decisão de iniciar um financiamento mesmo em momentos em que as taxas de juros não são as mais favoráveis. Porém, enquanto essas taxas se mantiverem elevadas, muitos ainda enfrentarão dificuldades de acesso ao mercado de crédito.
De acordo com dados do Censo do QuintoAndar, cerca de 31% da renda é comprometida com o aluguel, enquanto 27% é destinada ao pagamento das parcelas do financiamento imobiliário. Em cenários em que é viável utilizar o saldo do FGTS para a entrada no imóvel, a média das parcelas do financiamento costuma ser menor do que o valor do aluguel, argumenta a assessora financeira Luciana Ikedo.
Impacto da Selic nas Taxas de Financiamento Imobiliário
Quando a Selic registra reduções, as taxas de crédito praticadas pelos bancos tendem a acompanhar essa tendência. No entanto, as linhas de financiamento imobiliário costumam sofrer um impacto menos imediato, devido à natureza de longo prazo desses empréstimos. As instituições financeiras adotam uma postura cautelosa, considerando não apenas as taxas atuais, mas também as projeções futuras de juros.
Conforme explica o economista Evandro Alves, do grupo imobiliário QuintoAndar, existe uma defasagem na política monetária, que faz com que as mudanças na Selic demorem cerca de seis meses para influenciar efetivamente as transações financeiras. Essa defasagem é influenciada por diversos fatores e requer uma análise detalhada do mercado e das expectativas dos agentes econômicos.
Perspectivas de Redução nas Taxas de Financiamento Imobiliário
Especialistas como Rafael Sasso, do RisKnow, indicam que é esperado um início de queda nas taxas de financiamento imobiliário ainda neste ano. Antes desse movimento, no entanto, os bancos tendem a flexibilizar as condições de concessão de empréstimos, aumentando a porcentagem financiada e permitindo maior acesso ao crédito.
As reduções nas taxas devem ocorrer gradualmente, acompanhando os movimentos da Selic. A expectativa é de que os bancos ofereçam condições mais atrativas para os financiamentos imobiliários, buscando conquistar novos clientes e estimular o mercado imobiliário. A previsão é de que as taxas se ajustem naturalmente conforme a Selic continuar em queda.
Fonte: @ Valor Invest Globo