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Supremo Tribunal Russo classifica grupos LGBTQ+ como extremistas.

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Imagem de arquivo mostra ativista pelos direitos da comunidade LGBTQIAPN+ com bandeira do arco-íris durante protestos em São Petesburgo em 2 de agosto de 2015 — Foto: Associated Press Presidente russo, Vladimir Putin, durante evento no Kremlin, em Moscow, na Rússia — Foto: Mikhail Klimentyev/ Sputnik/ Kremlin Pool Photo via AP

O Supremo Tribunal aprovou a repressão e criminalização de ativistas, validando a campanha repressora de Putin contra relações sexuais não tradicionais.

O Supremo Tribunal da Rússia validou que o ativismo LGBTQ+ está no mesmo patamar de organizações extremistas, como al-Qaeda ou Estado Islâmico. Numa decisão tomada a portas fechadas, a corte especificou que quem milita no que chama de

movimento internacional LGBT

incita a discórdia social religiosa e está sujeito a penas longas de prisão.

A decisão do Supremo Tribunal da Rússia gerou protestos por parte da comunidade LGBTQ+, que considera a medida uma forma de restringir os direitos das pessoas LGBT. O ativismo LGBTQ+ é essencial para promover a igualdade e combater a discriminação, e classificá-lo como uma ameaça à segurança nacional é um retrocesso significativo para os direitos humanos no país.

Proibição de Ativismo LGBTQ+ e Decisão a Portas Fechadas na Rússia

A proibição dirigida a estes grupos se insere num contexto crescente de repressão à comunidade LGBTQ+ no país. Em março passado, o presidente Vladimir Putin sancionou uma lei que criminaliza qualquer ato que promovarelações sexuais não tradicionais

em filmes, programas de TV ou online e propagandas.

Nessa onda discriminatória, cirurgias de mudança de sexo e tratamentos hormonais foram proibidos. Pessoas trans devem se divorciar e são impedidos de adotar filhos.

Mobilização contra Ativismo LGBTQ+ e Batidas Policiais

A caçada direcionada à comunidade já começou: no fim de semana, logo após a decisão do Supremo Tribunal, houve batidas policiais em boates, bares e saunas gays de Moscou, num indicativo de como as forças de segurança passarão a atuar, legitimadas pela sentença judicial

Grupos de defesa da comunidade deverão partir para a clandestinidade. Símbolos de movimentos considerados extremistas pelas autoridades, como a bandeira do arco-íris, também passarão a ser vetados. Sua exibição poderá levar o autor a 15 dias de prisão ou quatro anos, se for reincidente.

Classificação do Ativismo LGBTQ+ e Ramificações Sociais e Criminais

Nas palavras de Tanya Lokshina, diretora para Europa e Ásia Central da ONG Human Rights Watch, há um duplo propósito na classificação do ativismo LGBTQ+ como extremismo:

  • usar a comunidade como bode expiatório para mobilizar os partidários conservadores do Kremlin antes das eleições presidenciais de março do ano que vem e
  • paralisar o trabalho dos grupos de direitos humanos que combatem a discriminação.

Outro agravante é que sequer existe o tal movimento internacional LGBTQ+ descrito na sentença do Supremo Tribunal da Rússia, o que torna a medida draconiana.

Esta decisão expõe qualquer pessoa que defenda os direitos humanos das pessoas LGBT a serem rotulados como extremistas, um termo que tem sérias ramificações sociais e criminais na Rússia

, atestou o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos Volker Turk.

Distração da Opinião Pública e Ano da Família na Rússia

O presidente russo declarou, por meio de uma ordem executiva, 2024 como o Ano da Família. Seus detratores veem na discriminação de minorias uma forma de distração da opinião pública antes das eleições presidenciais para os problemas concretos causados pela invasão russa da Ucrânia.

Como bem resumiu Ivan Zhdanov, ex-diretor da Fundação Anticorrupção e membro do partido Rússia do Futuro, a classificação de LGBT como movimento extremista é o início da campanha eleitoral de Putin — há 23 anos no poder — para concorrer a um novo mandato.

 

Fonte: G1 – Mundo

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